São Paulo, quinta-feira, 02 de junho de 2011 |
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EUA registram casos de surto infeccioso Dois americanos que viajaram à Alemanha, epicentro da crise, estão internados; mortos na Europa chegam a 17 Número de infectados passa de 1.500; suspeita sobre o pepino espanhol não se confirma, e país ameaça abrir processo DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS O surto infeccioso de uma variedade da bactéria Escherichia coli (E.coli) que deixou ao menos 17 mortos e contaminou outras mais de 1.500 na Europa chegou aos EUA, que confirmaram dois casos de americanos afetados. Bem como a quase totalidade dos contaminados, os dois americanos estiveram no norte da Alemanha dias antes de apresentarem os sintomas. A região é o epicentro do surto infeccioso. Os casos foram confirmados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças local, mas as identidades dos infectados não foram reveladas. Um terceiro caso de americano infectado foi registrado na República Tcheca, e o turista -que também estivera na Alemanha- está internado na capital, Praga. O número de vítimas chegou ontem a 17 -sendo 16 alemães- depois de Berlim confirmar que morte suspeita no domingo foi provocada pela bactéria. A outra morte foi registrada pela Suécia. Também ontem, a agência nacional de saúde da Alemanha elevou o número de casos confirmados para 1.534, 365 a mais que na véspera. Destes, 470 desenvolveram a chamada síndrome hemolítico-urêmica (HUS, na sigla em inglês), agravamento da infecção que desencadeia complicações renais. O índice de cerca de 30% dos casos de infecção pela E.coli que desenvolvem HUS é considerado sem precedentes. Segundo a Organização Mundial de Saúde (a OMS), em geral isso ocorre apenas em 5% a 10% dos casos. Para especialistas, um índice tão elevado pode significar que há número muito maior de infecções não registradas -devido aos sintomas moderados- ou que há mutação genética que faz a bactéria ficar mais agressiva. PEPINOS Autoridades alemãs ainda tentam, no entanto, descobrir a origem do surto infeccioso, já que a suspeita que de início recaiu sobre o pepino importado da Espanha vem perdendo força depois de testes. Nos pepinos avaliados, foram encontradas bactérias E.coli, mas não do tipo que originou o surto infeccioso. Ontem, a Comissão Europeia retirou as restrições ao consumo de pepinos espanhóis provenientes de Málaga e Almería que impusera há uma semana. Mas a medida não satisfez o governo espanhol, que disse considerar a possibilidade de requerer reparações na Justiça pelos danos econômicos causados pelas autoridades alemãs que levantaram suspeitas sobre os pepinos. Os espanhóis estimam que a crise custe 200 milhões por semana e afete até 70 mil agricultores no país, que tem as mais altas taxas de desemprego da UE, cerca de 20%. "A bactéria não está na Espanha", disse o vice-premiê, Alfredo Rubalcaba. "Uma vez que a verdade seja restabelecida, resta ressarcir perdas, que não são poucas." Autoridades alemãs defenderam, porém, as medidas adotadas no início da crise e ainda recomendam aos seus cidadãos que não consumam alguns alimentos, inclusive os pepinos, crus. Texto Anterior: FOLHA.com Próximo Texto: Médicos afastam risco de surto no Brasil, mas indicam cuidados Índice | Comunicar Erros |
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