São Paulo, quarta-feira, 02 de julho de 2008

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Ao assumir UE, Sarkozy propõe "proteção" maior ao bloco

DA REDAÇÃO

Com propostas protecionistas, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, assumiu ontem a presidência rotativa da União Européia, por seis meses. Defendeu os subsídios à agricultura e afirmou que "a Europa deve proteger seus cidadãos contra os riscos da globalização".
Ele também polemizou com o comissário europeu para o Comércio Exterior, o britânico Peter Mandelson, a quem acusou de levar a Europa a "perder 10% de seus empregos e 10% da produção agrícola" ao negociar na OMC (Organização Mundial do Comércio) o fim dos subsídios. E acrescentou: "Não deixarei que isso aconteça."
Afirmou ainda que não aceitará "a redução da produção agrícola no altar do liberalismo mundial", pois a agricultura é prioritária em um mundo com 800 milhões de pobres.
As afirmações foram feitas na segunda à noite, numa entrevista à TV. Mandelson foi defendido ontem pela Comissão Européia, o órgão executivo do bloco de 27 países, que, em nota, qualificou essas críticas de "erradas e injustificadas".
Na entrevista, Sarkozy também criticou Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu, por dar sinais de que elevará a taxa básica de juros na zona do euro, hoje em 4% ao ano, para conter a inflação. Para o presidente francês, é preciso pensar no crescimento econômico. Disse que a atual inflação é "importada" e que os juros não poderão conter a alta do petróleo.


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