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Irã aciona Interpol contra médico que deu socorro a Neda
Arash Hejazi, que está em Londres, acusara milícia basiji pelo assassinato da jovem durante protesto
DA REDAÇÃO
A polícia do Irã disse ontem
ter mandado à Interpol uma ordem de busca pelo médico iraniano Arash Hejazi, que socorreu Neda Agha-Soltan em um
dos protestos contra as eleições
presidenciais de 12 de junho.
Neda, 26, é mostrada em um
vídeo após supostamente receber um tiro fatal no peito. Hejazi atribui o tiro à milícia basiji,
que reprimiu as manifestações.
A polícia acusa Hejazi de
"trabalhar contra o governo".
Ismail Ahmadi Moghaddam,
chefe da polícia iraniana, disse
que o médico "criou confusão
como testemunha. O assassinato [de Neda] é fabricado e não
está ligado aos distúrbios".
De Londres, Hejazi disse à
Folha que foi orientado por advogados a não falar com a imprensa. Segundo lhe informou
a polícia britânica, ainda não
havia nenhuma ordem por sua
prisão. O médico, que é amigo e
tradutor do escritor Paulo Coelho, contara à BBC em junho
que não conhecia Neda e que
vira um basiji tentar escapar da
multidão após atirar na jovem.
Os protestos no Irã foram
resposta à reeleição do ultraconservador Mahmoud Ahmadinejad. O opositor Mir Hossein Mousavi, que acusa fraude
no pleito, disse ontem que "ainda não é tarde" para lutar pelos
"direitos das pessoas".
Também ontem, o Reino
Unido pediu à União Europeia
que retire seus 27 embaixadores de Teerã, em retaliação à
prisão de funcionários da embaixada britânica no país.
Com agências internacionais
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