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FOCO
Hamas proíbe peças íntimas e pijamas em vitrines de Gaza
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O movimento extremista
islâmico Hamas, que governa a faixa de Gaza, ordenou
que lojas que vendem roupas
femininas e lingerie sejam
mais discretas na exibição de
seus produtos.
O grupo proibiu que esses
estabelecimentos exponham
peças íntimas e pijamas em
suas vitrines. Cartazes com
lingerie "provocante" também devem ser retirados.
Foi vetada, ainda, a presença de provadores e de câmeras de segurança nesse tipo de comércio, assim como
a utilização de vidros escurecidos nas vitrines.
As medidas foram anunciadas pela polícia do Hamas
na última semana. De acordo
com o porta-voz do órgão,
Ayman al Batniji, as novas
regras "protegerão a moral e
permitirão que as pessoas se
sintam confortáveis ao caminhar pelas ruas".
"Essas medidas foram tomadas após reclamações e
pressão das pessoas comuns.
Têm a ver com a preservação
de nossas tradições", disse
ainda Batniji.
Até então, nas lojas da faixa de Gaza -assim como no
restante das cidades palestinas-, era possível comprar
peças íntimas femininas de
qualquer tipo.
O veto foi anunciado pouco tempo depois de o Hamas
proibir que as mulheres fumem narguilé -cachimbo
constituído de um longo tubo e um recipiente de água e
tabaco de vários sabores-
em cafés, restaurantes, hotéis e outros locais públicos.
O hábito é uma tradição
popular no mundo árabe e
uma das poucas opções de
lazer em Gaza.
Os líderes do Hamas têm
negado repetidamente que
queiram impor a lei islâmica
em Gaza, onde vive 1,5 milhão de palestinos.
A polícia do movimento,
porém, já interrompeu um
show de hip-hop no território
e tentou, sem sucesso, forçar
advogadas no tribunal e estudantes do sexo feminino a
usar roupas muçulmanas
tradicionais, medidas que incitaram uma reação pública.
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