São Paulo, segunda-feira, 02 de agosto de 2010

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FOCO

Hamas proíbe peças íntimas e pijamas em vitrines de Gaza

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O movimento extremista islâmico Hamas, que governa a faixa de Gaza, ordenou que lojas que vendem roupas femininas e lingerie sejam mais discretas na exibição de seus produtos.
O grupo proibiu que esses estabelecimentos exponham peças íntimas e pijamas em suas vitrines. Cartazes com lingerie "provocante" também devem ser retirados.
Foi vetada, ainda, a presença de provadores e de câmeras de segurança nesse tipo de comércio, assim como a utilização de vidros escurecidos nas vitrines.
As medidas foram anunciadas pela polícia do Hamas na última semana. De acordo com o porta-voz do órgão, Ayman al Batniji, as novas regras "protegerão a moral e permitirão que as pessoas se sintam confortáveis ao caminhar pelas ruas".
"Essas medidas foram tomadas após reclamações e pressão das pessoas comuns. Têm a ver com a preservação de nossas tradições", disse ainda Batniji.
Até então, nas lojas da faixa de Gaza -assim como no restante das cidades palestinas-, era possível comprar peças íntimas femininas de qualquer tipo.
O veto foi anunciado pouco tempo depois de o Hamas proibir que as mulheres fumem narguilé -cachimbo constituído de um longo tubo e um recipiente de água e tabaco de vários sabores- em cafés, restaurantes, hotéis e outros locais públicos.
O hábito é uma tradição popular no mundo árabe e uma das poucas opções de lazer em Gaza.
Os líderes do Hamas têm negado repetidamente que queiram impor a lei islâmica em Gaza, onde vive 1,5 milhão de palestinos.
A polícia do movimento, porém, já interrompeu um show de hip-hop no território e tentou, sem sucesso, forçar advogadas no tribunal e estudantes do sexo feminino a usar roupas muçulmanas tradicionais, medidas que incitaram uma reação pública.


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