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GUERRA NO ORIENTE MÉDIO
Síria promete barrar envio de armas ao Hizbollah, diz Annan
DA REDAÇÃO
O secretário-geral da
ONU, Kofi Annan, disse ontem que o ditador sírio, Bashar Assad, prometeu reforçar a segurança na fronteira
com o Líbano para impedir o
envio de armas para o Hizbollah, conforme resolução da
ONU que determinou o cessar-fogo entre o grupo extremista e Israel, em 14 de agosto, após 34 dias de guerra.
"Ele me disse que a Síria
apóia a resolução e vai ajudar", afirmou Annan após
encontro com Assad em Damasco. O ditador, porém, reforçou sua objeção à presença de forças internacionais
na fronteira do Líbano com a
Síria, pedida por Israel.
Autoridades israelenses se
mostraram céticas -a Síria e
o Irã são os principais financiadores do Hizbollah, e a
fronteira é a principal porta
de entrada de armas. "Não
cremos que a Síria tenha dado motivo para ser confiável", disse Miri Eisin, porta-voz do premiê Ehud Olmert.
Segundo Annan, Assad se
mostrou disposto a "usar sua
influência" pela libertação
dos dois soldados israelenses
seqüestrados pelo Hizbollah
há quase dois meses -estopim do conflito-, mas pediu
a soltura de 16 sírios presos
por Israel. A próxima escala
de Annan é o Irã.
Investigação
O embaixador brasileiro
João Clemente Baena Soares
será um dos três integrantes
da comissão criada pelo Conselho de Direitos Humanos
da ONU para investigar possíveis violações cometidas
por Israel no Líbano. "O objetivo é investigar a morte de
civis, os tipos de armas usados por Israel e avaliar a extensão e o impacto dos ataques israelenses à vida, propriedade, infra-estrutura e
ambiente", disse à Folha.
Com ele estarão um juiz da
Suprema Corte da Tanzânia
e um professor de direito internacional grego. Segundo
Baena Soares, a data de partida ainda não foi decidida.
Com agências internacionais
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