São Paulo, sábado, 02 de setembro de 2006

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GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Síria promete barrar envio de armas ao Hizbollah, diz Annan

DA REDAÇÃO

O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, disse ontem que o ditador sírio, Bashar Assad, prometeu reforçar a segurança na fronteira com o Líbano para impedir o envio de armas para o Hizbollah, conforme resolução da ONU que determinou o cessar-fogo entre o grupo extremista e Israel, em 14 de agosto, após 34 dias de guerra.
"Ele me disse que a Síria apóia a resolução e vai ajudar", afirmou Annan após encontro com Assad em Damasco. O ditador, porém, reforçou sua objeção à presença de forças internacionais na fronteira do Líbano com a Síria, pedida por Israel.
Autoridades israelenses se mostraram céticas -a Síria e o Irã são os principais financiadores do Hizbollah, e a fronteira é a principal porta de entrada de armas. "Não cremos que a Síria tenha dado motivo para ser confiável", disse Miri Eisin, porta-voz do premiê Ehud Olmert.
Segundo Annan, Assad se mostrou disposto a "usar sua influência" pela libertação dos dois soldados israelenses seqüestrados pelo Hizbollah há quase dois meses -estopim do conflito-, mas pediu a soltura de 16 sírios presos por Israel. A próxima escala de Annan é o Irã.

Investigação
O embaixador brasileiro João Clemente Baena Soares será um dos três integrantes da comissão criada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU para investigar possíveis violações cometidas por Israel no Líbano. "O objetivo é investigar a morte de civis, os tipos de armas usados por Israel e avaliar a extensão e o impacto dos ataques israelenses à vida, propriedade, infra-estrutura e ambiente", disse à Folha.
Com ele estarão um juiz da Suprema Corte da Tanzânia e um professor de direito internacional grego. Segundo Baena Soares, a data de partida ainda não foi decidida.


Com agências internacionais


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