São Paulo, sexta-feira, 02 de setembro de 2011

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Governo brasileiro ainda reluta em reconhecer conselho rebelde

DE BRASÍLIA

Na reunião sobre a Líbia na França, o governo brasileiro defendeu que o futuro do país após a queda do regime do ditador Muammar Gadaffi "deve ser definido pelos próprios líbios".
A atitude, levada a Paris pelo embaixador Cesário Melantonio Neto, demonstra a oposição do Brasil a interferências estrangeiras no processo de transição.
Em nota divulgada após a reunião, o Itamaraty diz que o objetivo dos países amigos deve ser "encorajar, no espírito do Mapa do Caminho da União Africana, um processo democrático de transição que transcorra com segurança".
O governo também conclamou "as partes a depor armas e cessar a violência", e ressaltou que o Conselho de Segurança das Nações Unidas ainda é a "instância primordial" para o tratamento de questões de paz e segurança -em aparente recado à Otan (aliança militar atlântica).
"Mesmo a forma de implementação de resoluções do Conselho de Segurança deverá sempre ser objeto de deliberação do próprio Conselho", diz a nota.
A ação da Otan foi justificada pela resolução 1973 do Conselho, que autorizava "medidas necessárias para proteger civis". O Brasil afirma que caberá ao comitê de Credenciais da ONU definir quem assumirá a representação do país nas Nações Unidas. A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, defendeu que o Conselho Nacional de Transição assuma o assento no organismo.


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