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MISSÃO NO CARIBE
Situação é tensa
Três policiais são decapitados no Haiti
DA REDAÇÃO
Os corpos dos três policiais que
haviam sido mortos na última
quinta-feira, em Porto Príncipe,
foram encontrados decapitados
ontem, informou a agência Associated Press. A missão militar brasileira no país, que faz parte das
forças de paz da ONU e é responsável pela capital haitiana, confirmou apenas as mortes.
"Foi a situação mais tensa desde
que chegamos aqui", disse à Folha o coronel Faillace, da seção de
comunicação social da brigada
brasileira, em alusão aos protestos de anteontem.
Os corpos foram encontrados
em Cite Soleil, uma imensa favela
conhecida por ser um reduto de
gangues armadas leais ao ex-presidente Jean-Bertrand Aristide,
exilado na África do Sul.
Segundo o Ministério da Justiça, dois líderes de gangues foram
mortos pela polícia anteontem.
Ontem, pelo menos um civil foi
morto a tiros, segundo a agência
France Press -essa informação
tampouco foi confirmada pela
missão brasileira.
Diversas ruas importantes de
Porto Príncipe foram bloqueadas
por barricadas em chamas e pilhas de pedras. O normalmente
lotado mercado estava vazio.
Também houve registro de protestos no setor oeste de Porto
Príncipe, com tiros para o alto e
queima de pneus.
Para a missão brasileira, que fez
um monitoramente terrestre e aéreo da cidade ontem, foram apenas ações pontuais, sem necessidade de intervenção.
"Todos estão com medo. Não
há segurança aqui", disse Fritz
Jean, 43, vendedor de TVs usadas.
Os distúrbios dos últimos dias
foram atribuídos a partidários do
ex-presidente Jean-Bertrand
Aristide, que deixou o país em fevereiro após uma crise política seguida de insurreição armada.
O partido pró-Aristide Família
Lavalas começou anteontem três
dias de comemorações do golpe
militar de 1991, que tirou Aristide
do poder pela primeira vez -ele
conseguiu voltar ao governo com
apoio dos EUA.
Com agências internacionais
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