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EQUADOR
Leis de recursos naturais abrem contenda entre índios e Correa
DA ASSOCIATED PRESS
O governo equatoriano e
grupos indígenas trocaram
acusações ontem sobre a responsabilidade sobre um confronto, na véspera, que deixou ao menos um indígena
morto e 49 pessoas feridas
(40 delas policiais).
O confronto derivou da
reação policial a um protesto
indígena na Província amazônica de Morona Santiago
(sudeste) contra projetos de
lei de mineração e uso de
água em suas terras. Para os
nativos, os projetos, em trâmite na Assembleia Nacional, podem abrir caminho à
privatização dos recursos
naturais. O governo nega.
Os indígenas acusam o governo de declarar "uma guerra civil", enquanto o presidente Rafael Correa diz que
as ações promovidas pelos
nativos colocam a estabilidade do país em risco.
Correa pediu ontem diálogo com as associações indígenas. Algumas rejeitaram a
oferta; outras pediram que o
encontro fosse em lugar
"neutro", e não em Quito.
O impasse se assemelha ao
ocorrido entre abril e junho
no Peru, onde decretos do
governo de investimentos na
selva desencadearam confrontos que deixaram 34 indígenas e policiais mortos.
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