São Paulo, domingo, 02 de outubro de 2011

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Japão revoga isolamento perto de usina

Governo autoriza retorno de moradores para cinco cidades localizadas entre 20 e 30 km de reator de Fukushima

Seis meses depois de vazamento, radiação ainda preocupa; área a 20 km do local continua totalmente isolada

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O governo do Japão revogou o alerta de isolamento para cinco cidades próximas à usina de Fukushima -a primeira ação do gênero desde o tsunami que, em março, causou acidente nuclear, o pior desde Tchernobil (1986).
Desde sexta-feira, crianças e mulheres grávidas estão autorizadas a retornar para suas casas e retomar atividades.
A autorização diz respeito a cidades situadas em um raio de 20 km a 30 km da usina nuclear. Na época do acidente, essa faixa de terra não apresentou níveis tão altos de radiação e sofreu uma desocupação voluntária.
O governo calcula que 60 mil pessoas viviam na região e apenas a metade saiu voluntariamente depois do acidente nuclear.
Já a faixa de terreno situada em uma distância menor que 20 km de Fukushima -onde moravam mais de 80 mil pessoas- permanecerá totalmente desocupada por tempo indeterminado.
As áreas vizinhas aos reatores que tiveram vazamentos devem ficar desabitadas por décadas.
Segundo o governo, os níveis de radiação nos municípios que tiveram o alerta de isolamento suspenso estão estáveis o suficiente
Mas ainda há dúvidas sobre se os níveis de radiação estão baixos o bastante para possibilitar o retorno dos moradores com segurança.
Medição realizada na manhã de sexta-feira no hospital de Minamisoma -uma das cidades que tiveram o alerta suspenso- registrou níveis de radiação que podem resultar em exposição anual de 4.5 millisieverts (unidade que mede radiação).
Esse índice é superior ao limite recomendado pela Comissão Internacional de Proteção Radiológica, de 1 millisievert por ano.

RECONSTRUÇÃO
Tóquio prometeu à população que está retornando às suas casas que colocará hospitais e escolas em funcionamento e ajudará no esforço de reconstrução da região.
"Demos um grande passo em direção à reconstrução de áreas que estão sofrendo por causa do disastre nuclear", disse o porta-voz do governo, Yukio Edano.
Alguns prefeitos de áreas atingidas disseram, porém, que não esperam um retorno imediato de todos os moradores. Eles querem melhorar a infraestrutura antes de chamar os cidadãos de volta.


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