São Paulo, quinta-feira, 02 de novembro de 2006

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PROLIFERAÇÃO NUCLEAR

Coréia do Norte quer que EUA desbloqueiem suas contas

DA REDAÇÃO

A Coréia do Norte publicou ontem comunicado em que diz esperar que o governo americano descongele seus depósitos bancários, fonte de moeda conversível.
Foi sua primeira reação depois que a China e os Estados Unidos disseram, na terça, que ela aceitava retomar negociações multilaterais sobre seu programa nuclear.
O pequeno e isolado país comunista testou em 9 de outubro sua primeira bomba atômica e recebeu, em resposta, sanções do Conselho de Segurança e um total embargo comercial do Japão.
O comunicado diz que a decisão sobre a volta da delegação norte-coreana ao Grupo dos Seis (as duas Coréias, mais a Rússia, a China, o Japão e os Estados Unidos) foi tomada "sob a premissa" de que os EUA negociariam o descongelamento de seus ativos bancários.
Pyongyang se refere aos US$ 26,2 milhões no banco Delta Ásia, da Província chinesa de Macau (ex-colônia portuguesa), que os serviços de inteligência de Washington dizem terem sido obtidos por lavagem de dinheiro, no tráfico de drogas e falsificação de dólares.
O texto norte-coreano cita o teste nuclear de três semanas atrás de maneira bastante eufêmica: "medidas de autodefesa tomadas recentemente contra as crescentes ameaças nucleares e sanções financeiras dos EUA".
Em Seul, o vice-ministro sul-coreano das Relações Exteriores, Yu Myung-hwan, disse que a questão norte-coreana começará a ser discutida já em meados deste mês, durante a reunião de cúpula dos países da Ásia e do Pacífico, que ocorrerá no Vietnã.
O chefe da diplomacia sul-coreana -e, a partir de janeiro, secretário-geral da ONU-, Ban Ki-moon, disse que as sanções votadas pelo Conselho de Segurança vigorarão enquanto Pyongyang não abrir suas instalações nucleares à inspeção internacional. Para ele, a comunidade internacional deveria dar àquele país ajuda econômica e garantias quanto à sua segurança externa.


Com agências internacionais

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