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Iraque passa a divergir de aliado
Da Redação
Apesar da diminuição da violência nos últimos meses, as incertezas no Iraque são um dos
principais desafios ao próximo
presidente americano.
A melhora da segurança resulta em grande parte da aliança no combate à Al Qaeda selada a partir de 2005 com líderes
sunitas -muitos deles ligados
ao regime de Saddam Hussein
(1979-2003)- e à estratégia do
"surge", que levou a Casa Branca a enviar soldados extras em
2007. Mas analistas concordam que o Iraque é um barril de
pólvora, principalmente por
causa das persistentes divisões
étnico-confessionais.
O Executivo iraquiano, dominado por xiitas, está em
campanha contra as lideranças
sunitas pró-EUA e reluta em
integrá-las às forças de segurança. Especula-se que, para
satisfazer o governo de Bagdá, o
próximo presidente americano
corte a parceria com os milicianos sunitas -que poderiam então aliar-se à Rússia.
Há, ainda, atritos intracomunitários -os xiitas, por exemplo, estão divididos sobre a influência do Irã sobre o Iraque.
A realização de eleições provinciais é considerada vital para a
reconciliação nacional, mas os
curdos ameaçam boicotá-las.
Além disso, as relações entre
os EUA e o premiê Nuri al Maliki vêm se deteriorando. George
W. Bush tenta negociar acordo
bilateral para que os 144 mil
soldados americanos fiquem
no país após o fim, em dezembro, do mandato da ONU. Mas
o pacto, que determina uma retirada até 2012, enfrenta resistência tanto de Bagdá como dos
candidatos americanos.
O democrata Barack Obama
quer uma retirada até 2010.
McCain rejeita o cronograma e
sustenta que os EUA só sairão
"vitoriosos", sem definir o que
isso significa -nenhum deles
fala na retirada total.
(SA)
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