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São Paulo, terça-feira, 02 de dezembro de 2003

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EUA

Ativistas criticam polícia, mas prefeito defende suas ações

Agredidos, policiais espancam e matam um negro em Cincinnati

DA ASSOCIATED PRESS

Nathaniel Jones, 41, morreu anteontem, em Cincinnati (no Estado de Ohio, centro-norte dos EUA), após ser violentamente espancado -com bastões de metal- por policiais. Mas o prefeito da cidade disse ontem que um vídeo mostra que os seis policiais agiram em legítima defesa.
A causa da morte de Jones ainda está sendo investigada, de acordo com autoridades locais.
Defensores dos direitos dos negros afirmaram que o caso ilustra a brutalidade da polícia de Cincinnati. A morte a tiros de um negro -desarmado-, ocorrida em abril de 2001, deu início a três dias de revolta popular na cidade. Um policial branco foi o responsável por essa morte.
Os policiais que participaram da ação de anteontem (cinco brancos e um negro) foram colocados em "licença administrativa", o que é o procedimento normal em casos do gênero.
O caso de Jones, um homem de 180 kg, foi gravado pela polícia. Depois de assistir ao vídeo, o prefeito Charlie Luken se recusou a aceitar a exigência de que Thomas Streichen, chefe da polícia de Cincinnati, fosse forçado a renunciar.
Segundo o prefeito, Jones atacou os policiais antes de ser agredido. Mas a reação dos policiais é o que revolta os ativistas negros.
Os movimentos negros compararam o incidente ao espancamento do negro Rodney King por policiais brancos, em 1991, em Los Angeles, que também foi registrado em vídeo. Em 1992, após a absolvição dos policiais, a comunidade negra da cidade provocou um quebra-quebra que deixou 54 mortos e causou prejuízos de mais de US$ 1 bilhão.


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