|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Força rebelde tenta depor o presidente no Chade
DA REDAÇÃO
Forças rebeldes formadas
por milícias rebeldes avançaram ontem sobre a capital do
Chade, Ndjamena, e cercaram
o palácio presidencial. Não há
confirmação de que o presidente Idriss Deby tenha sido deposto nem que ele tenha deixado o palácio.
À noite, a agência de notícias
oficial da Líbia informou que o
ditador Muammar Gaddafi
convenceu o chefe das milícias
a aceitar um cessar-fogo. A informação não foi confirmada
pelo governo do Chade nem pelos rebeldes.
Ao longo do dia, combates
entre o Exército do Chade e os
rebeldes vindos do leste do país
deixaram vários mortos nas
imediações do palácio presidencial, segundo a rede de TV
Al Jazeera, uma das poucas
com correspondente no país.
O governo saudita anunciou
que uma bomba explodiu na
frente da residência de seu embaixador em Ndjamena, matando uma funcionária doméstica e sua filha.
A França, ex-potência colonial do país centro-africano de
10 milhões de habitantes,
anunciou o envio de 150 soldados e de um avião militar para
retirar cerca de 900 cidadãos
estrangeiros. Setenta e cinco
foram levados ao Gabão num
primeiro vôo, ontem à noite.
O governo francês se disse
"neutro" no conflito e informou que o presidente Nicolas
Sarkozy conversou três vezes
ao longo do dia com Deby.
Sem ideologia
Os rebeldes tinham como
único propósito aparente derrubar o presidente Deby. Não
têm posições ideológicas nítidas e não são ligados a grupos
confessionais ou étnicos. Eles
têm como origem uma coligação de oito grupos ou partidos
políticos, a Frente Unida pela
Mudança, formada em 2005 e
que no ano seguinte já tentara
tomar Ndjamena pela força.
Deby, um militar de carreira,
tomou o poder em golpe de Estado, em 1990. Foi eleito presidente no ano seguinte e reeleito em 1996, 2001 e 2006, nas
duas últimas votações sob denúncias de fraudes.
Sudão
Ele acusa o vizinho Sudão de
ter armado os rebeldes, que, de
fato, chegaram à capital depois
de uma marcha iniciada na
fronteira sudanesa.
O ministro do Exterior de
Deby, Ahmat Allam-mi, disse
que toda a operação rebelde se
destinava a impedir que forças
de paz da União Européia, autorizadas pela ONU, se instalassem em regiões ao leste do
Chade para proteger as vítimas
do extermínio étnico de Darfur.
Conflito que opõe grupos locais
e o governo islâmico sudanês
naquela Província já matou
200 mil pessoas e forçou 2,5
milhões a deixarem suas terras.
Com agências internacionais
LEIA SOBRE CAÇADA A
EX-DITADOR DO CHADE
NO "MAIS!"
Texto Anterior: Sarkozy e Carla Bruni se casam em Paris Próximo Texto: Périplo entre Israel e Egito revela idiossincrasias locais Índice
|