DA REDAÇÃO

Autoridades israelenses têm planos para construção de 73 mil novas unidades habitacionais em assentamentos na Cisjordânia, apesar de só uma fração deles ter sido aprovada.
A informação foi divulgada ontem em relatório da ONG israelense Paz Agora, contrária à expansão das colônias, apontadas como obstáculo a um Estado palestino viável.
"Se todos os planos forem implantados, o número de colonos nos territórios [palestinos, ocupados por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967] será duplicado", para 600 mil, afirmou a entidade, cujo estudo foi divulgado no dia da chegada da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, a Jerusalém.
Segundo o grupo, foi aprovada a construção de 15.156 novas unidades residenciais (das quais 8.950 já estão prontas) de um plano que prevê 73.302. Isso indica que o próximo governo israelense, que será liderado pelo ex-premiê linha-dura Binyamin Netanyahu, terá ampla margem de escolha para expandir as colônias.
Em reação ao relatório, o Ministério da Habitação israelense disse que a ONG fez "muito barulho por nada". Segundo a pasta, os planos só delineiam o potencial para instalação das colônias, mas sua efetiva edificação é uma decisão que depende de políticas conjuntas com o Ministério da Defesa.