São Paulo, quinta-feira, 03 de março de 2011 |
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Suprema Corte dos EUA aprova protestos em funerais militares Para magistrados, Primeira Emenda permite a manifestação DE SÃO PAULO A Primeira Emenda da Constituição americana permite e protege protestos raivosos em funerais militares. Esse foi o entendimento dos magistrados que compõem a Suprema Corte em uma decisão de 8 votos a 1, em sessão feita ontem. "O discurso é poderoso", escreveu o presidente da Corte, John Roberts Jr. "Ele pode levar as pessoas à ação, fazê-las chorar de alegria ou de tristeza e, como no caso em que julgamos, resultar em enorme dor", completou. Mas, de acordo com a Primeira Emenda, "nós não podemos reagir a essa dor punindo os que se expressam". No lugar disso, o compromisso nacional com o discurso livre, disse Roberts Jr., exige proteção "até mesmo de palavras duras proferidas em público para que tenhamos certeza de que não sufocamos o debate público". O caso decidido ontem veio à tona por causa de um protesto realizado no funeral do militar Matthew Snyder, que morreu no Iraque. Membros da Igreja Batista de Westboro levaram faixas contrárias ao homossexualismo -as Forças Armadas agora permitem gays entre militares. O pai de Snyder decidiu processar a igreja. A decisão é a última de uma série de medidas parecidas tomadas pela Suprema Corte. No ano passado, a Corte derrubou leis que limitavam ou impediam as discussões políticas. Mas também transformou em crime a distribuição de qualquer tipo de material sobre crueldade de animais. Outro caso importante que envolve a Primeira Emenda diz respeito ao uso de jogos violentos de videogame por menores de idade. A tendência é que os juízes sejam contrários a qualquer tipo de proibição, deixando aos pais e aos filhos a possibilidade de escolher. Até agora, considerando o histórico de decisões da Suprema Corte, o direito de se pronunciar livremente só foi deixado de lado nos casos que envolveram segurança nacional, como assuntos relacionados ao terrorismo. Texto Anterior: Recusa em aprovar Orçamento põe em risco vinda de Obama ao Brasil Próximo Texto: Suposta fonte do WikiLeaks vai enfrentar 22 novas acusações Índice | Comunicar Erros |
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