DA REDAÇÃO

Terroristas palestinos atiraram contra o carro de uma colona grávida e suas quatro filhas e as mataram ontem numa emboscada numa estrada de Gaza.
As vítimas foram identificadas como Tali Hatuel, 34, e suas filhas Hila, 11, Hadar, 9, Roni, 7 e Merav, 2. Tali, que estava no oitavo mês de gravidez, morava no assentamento de Gush Katif, na faixa de Gaza. Ela e sua família se dirigiam a Israel para participar de um protesto contra o plano de Sharon de retirada de Gaza.
Os grupos Jihad Islâmico e Comitês de Resistência Popular (associação de facções ligadas ao Fatah, o grupo político de Iasser Arafat) assumiram responsabilidade pelo "heróico" ataque.
A perua Citroën em que os Hatuel viajavam foi atacada perto do cruzamento de Kissufim. Os dois palestinos, que estavam disfarçados de pastores, abriram fogo contra o veículo, que saiu da estrada. Os terroristas então se aproximaram e atiraram de curta distância contra a família.
Soldados israelenses de um posto que fica a apenas algumas centenas de metros do local trocaram fogo com os palestinos, que acabaram sendo mortos. A perua ficou crivada de balas, suas janelas foram estilhaçadas, e os carpetes, banhados de sangue. Decalques no vidro diziam: "Retirar os assentamentos, uma vitória do terrorismo" e "Daqui não sairemos".
"Inicialmente achamos que poderíamos fazer alguma coisa para salvar a mãe, mas já era tarde demais", disse um dos primeiros socorristas a chegar à cena do atentado, ele próprio um colono de Gush Katif. "As crianças já estavam mortas, com balas na cabeça. Eram só crianças."


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