São Paulo, domingo, 03 de maio de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Pelo segundo dia, Israel ataca túneis do Hamas em Gaza

Bombardeio mata dois e destrói escavações supostamente usadas pelo grupo islâmico para infiltrar misséis no território

Operação ocorre quatro meses após grande ofensiva israelense; ONU afirma que situação humanitária na região ainda é alarmante


DA REDAÇÃO

A Força Aérea de Israel bombardeou ontem pelo segundo dia consecutivo a fronteira entre a faixa de Gaza e o Egito para destruir túneis supostamente usados pelo grupo islâmico Hamas para infiltrar mísseis e armas no território palestino. Duas pessoas morreram e quatro ficaram feridas.
Segundo Israel, o ataque com caças F-16 alvejou três túneis e teve como objetivo retaliar o disparo de foguetes artesanais Qassam pelo Hamas contra o território israelense -os disparos raramente deixam mortos.
O lançamento de Qassam foi o motivo alegado em dezembro para uma grande ofensiva israelense por ar e terra contra o Hamas em Gaza. A operação foi encerrada após 22 dias de ataques, que deixaram mais de 1.400 palestinos e 13 israelenses mortos.
Na negociação para um cessar-fogo, Israel e EUA assinaram um memorando de cooperação baseado na repressão ao contrabando na fronteira egípcia e na destruição dos túneis do Hamas e no monitoramento da área para impedir que o grupo islâmico faça novas escavações ao longo da porosa fronteira entre Gaza e o Egito.
Os túneis são usados para aliviar o rigoroso bloqueio econômico israelense imposto ao território palestino desde que o Hamas, vencedor das eleições legislativas de 2006, tomou o controle da área, em meados de 2007. Suprimentos, remédios e até animais vivos chegam à região através das escavações.
A ONU afirma que a situação humanitária em Gaza, onde vivem 1,5 milhão de palestinos, é alarmante três meses após o fim da ofensiva.
Em março, caças israelenses atacaram um comboio no deserto do Sudão que supostamente levava mísseis ao Egito, de onde seriam, segundo Israel, infiltrados em Gaza.
A recente volta ao poder do linha-dura Binyamin Netanyahu, que já governou Israel entre 1996 e 1999, alimenta temores de uma nova ofensiva em grande escala em Gaza.
Netanyahu defende exterminar o Hamas e rejeita a solução de dois Estados para pôr fim ao conflito entre israelenses e palestinos.

Com agências internacionais



Texto Anterior: Tire dúvidas
Próximo Texto: Pirataria: Navio com soja brasileira é sequestrado
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.