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Pelo segundo dia, Israel ataca túneis do Hamas em Gaza
Bombardeio mata dois e destrói escavações supostamente usadas pelo grupo islâmico para infiltrar misséis no território
Operação ocorre quatro meses após grande ofensiva israelense; ONU afirma que situação humanitária na região ainda é alarmante
DA REDAÇÃO
A Força Aérea de Israel bombardeou ontem pelo segundo
dia consecutivo a fronteira entre a faixa de Gaza e o Egito para destruir túneis supostamente usados pelo grupo islâmico
Hamas para infiltrar mísseis e
armas no território palestino.
Duas pessoas morreram e quatro ficaram feridas.
Segundo Israel, o ataque com
caças F-16 alvejou três túneis e
teve como objetivo retaliar o
disparo de foguetes artesanais
Qassam pelo Hamas contra o
território israelense -os disparos raramente deixam mortos.
O lançamento de Qassam foi
o motivo alegado em dezembro
para uma grande ofensiva israelense por ar e terra contra o
Hamas em Gaza. A operação foi
encerrada após 22 dias de ataques, que deixaram mais de
1.400 palestinos e 13 israelenses mortos.
Na negociação para um cessar-fogo, Israel e EUA assinaram um memorando de cooperação baseado na repressão ao
contrabando na fronteira egípcia e na destruição dos túneis
do Hamas e no monitoramento
da área para impedir que o grupo islâmico faça novas escavações ao longo da porosa fronteira entre Gaza e o Egito.
Os túneis são usados para aliviar o rigoroso bloqueio econômico israelense imposto ao território palestino desde que o
Hamas, vencedor das eleições
legislativas de 2006, tomou o
controle da área, em meados de
2007. Suprimentos, remédios e
até animais vivos chegam à região através das escavações.
A ONU afirma que a situação
humanitária em Gaza, onde vivem 1,5 milhão de palestinos, é
alarmante três meses após o
fim da ofensiva.
Em março, caças israelenses
atacaram um comboio no deserto do Sudão que supostamente levava mísseis ao Egito,
de onde seriam, segundo Israel,
infiltrados em Gaza.
A recente volta ao poder do
linha-dura Binyamin Netanyahu, que já governou Israel entre
1996 e 1999, alimenta temores
de uma nova ofensiva em grande escala em Gaza.
Netanyahu defende exterminar o Hamas e rejeita a solução
de dois Estados para pôr fim ao
conflito entre israelenses e palestinos.
Com agências internacionais
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