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São Paulo, terça-feira, 03 de maio de 2011

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Casa Rosada tenta "pacto social" entre sindicatos e empresários

Em ano eleitoral, Cristina muda tom de confronto por perfil conciliador

LUCAS FERRAZ
DE BUENOS AIRES

A Casa Rosada tenta promover um acordo entre empresários e sindicalistas, chamado de pacto social, com o objetivo de evitar piquetes e manifestações que prejudiquem a rotina da população neste ano eleitoral.
Ideia lançada pela própria presidente da Argentina, Cristina Kirchner, em seu primeiro ano de governo (2008), o pacto não se implementou durante a gestão, mas voltou à pauta agora, a cinco meses da eleição presidencial.
Após uma tentativa fracassada de negociação com o sindicalismo, em março, Cristina voltou ontem a receber o secretário-geral da CGT (Confederação Geral do Trabalho), Hugo Moyano, para tentar costurar o acordo.
A CGT é a maior central sindical do país. Moyano é aliado do kirchnerismo.
A presidente pediu moderação às demandas dos sindicatos, para não provocar um "colapso do sistema". Na semana passada, em cadeia de rádio e TV, Cristina criticou uma greve de petroleiros no sul da Argentina -já suspensa-, que chegou a ameaçar a distribuição de combustíveis em todo o país.
No outro lado da mesa está o empresariado, representado pelo presidente da UIA (União Industrial Argentina), José Ignácio de Mendiguren, que se reúne amanhã com Cristina. "Há muita expectativa sobre o pacto, mas isso leva tempo, ainda mais no meio de um processo eleitoral", disse Mendiguren.
Cristina ainda não anunciou se será candidata à reeleição em outubro, mas a busca por um "acordo social" é um tema recorrente em seus discursos.
O tom conciliador contrasta com a tendência à "confrontação", que influenciava negativamente a imagem de Cristina até o ano passado.


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