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Casa Rosada tenta "pacto social" entre sindicatos e empresários
Em ano eleitoral, Cristina muda tom de confronto por perfil conciliador
LUCAS FERRAZ
DE BUENOS AIRES
A Casa Rosada tenta promover um acordo entre empresários e sindicalistas, chamado de pacto social, com o
objetivo de evitar piquetes e
manifestações que prejudiquem a rotina da população
neste ano eleitoral.
Ideia lançada pela própria
presidente da Argentina,
Cristina Kirchner, em seu primeiro ano de governo (2008),
o pacto não se implementou
durante a gestão, mas voltou
à pauta agora, a cinco meses
da eleição presidencial.
Após uma tentativa fracassada de negociação com o
sindicalismo, em março,
Cristina voltou ontem a receber o secretário-geral da CGT
(Confederação Geral do Trabalho), Hugo Moyano, para
tentar costurar o acordo.
A CGT é a maior central
sindical do país. Moyano é
aliado do kirchnerismo.
A presidente pediu moderação às demandas dos sindicatos, para não provocar um
"colapso do sistema". Na semana passada, em cadeia de
rádio e TV, Cristina criticou
uma greve de petroleiros no
sul da Argentina -já suspensa-, que chegou a ameaçar a
distribuição de combustíveis
em todo o país.
No outro lado da mesa está
o empresariado, representado pelo presidente da UIA
(União Industrial Argentina),
José Ignácio de Mendiguren,
que se reúne amanhã com
Cristina. "Há muita expectativa sobre o pacto, mas isso
leva tempo, ainda mais no
meio de um processo eleitoral", disse Mendiguren.
Cristina ainda não anunciou se será candidata à reeleição em outubro, mas a
busca por um "acordo social" é um tema recorrente
em seus discursos.
O tom conciliador contrasta com a tendência à "confrontação", que influenciava
negativamente a imagem de
Cristina até o ano passado.
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