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Ataque a alvo dinamarquês no Paquistão deixa 8 mortos
Explosão de carro-bomba em frente à embaixada feriu funcionária brasileira
Paquistão condena ataque, mas mantém negociação de paz com grupos radicais; impacto atingiu a casa
do embaixador brasileiro
DA REDAÇÃO
Pelo menos oito pessoas
morreram ontem na explosão
de uma carro-bomba em frente
à embaixada dinamarquesa no
Paquistão, às 13h (4h, no Brasil). A contadora brasileira Maria Iraise Macena Nobre, que
trabalhava para a embaixada,
está entre as dezenas de feridos. Segundo o Itamaraty, ela
passa bem, mas continua no
hospital, onde recebeu a visita
do vice-cônsul do Brasil.
A bomba destroçou carros
estacionados e atingiu a fachada de casas vizinhas, numa área
nobre da capital, Islamabad, repleta de representações estrangeiras. A cem metros do local da
explosão, a residência do embaixador brasileiro teve os vidros estilhaçados pelo impacto,
informa o Itamaraty. O embaixador Carlos Eduardo da Fonseca Costa está no Brasil desde
a semana passada e nenhum
funcionário ficou ferido.
O carro usado no atentado,
um Toyota Corolla, estava carregado com cerca de 25 quilos
de explosivos e provavelmente
tinha uma placa diplomática
falsa, segundo a polícia. O governo paquistanês condenou o
atentado, mas não deu sinais de
que pretenda interromper o
diálogo com grupos radicais,
com os quais negocia um acordo para que deixem as armas.
O premiê dinamarquês Anders Fogh Rasmussen afirmou
que atentados não vão alterar a
política externa de seu país
-que retirou seus soldados do
Iraque no ano passado e mantém 600 homens no Afeganistão. Após o atentado de ontem,
a Suécia e a Noruega também
fecharam temporariamente
suas missões no Paquistão.
A Dinamarca é um alvo preferencial de radicais islâmicos
desde 2006, quando charges
ofensivas ao profeta Maomé
publicadas meses antes pelo
jornal conservador "Jyllands
Postem" suscitaram uma onda
de protestos de muçulmanos.
No primeiro semestre daquele
ano, 48 pessoas morreram em
manifestações e ataques a prédios oficiais dinamarqueses -a
maioria vítima de disparos dos
policiais que tentavam dissolver os protestos. As charges foram reimpressas neste ano.
Grande parte dos funcionários dinamarqueses foi removida de postos nos países muçulmanos em 2006. Dentre os
mortos de ontem, apenas um,
de origem paquistanesa, é cidadão do país escandinavo.
Com agências internacionais
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