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São Paulo, quinta-feira, 03 de julho de 2003

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EPIDEMIA

Cidade canadense atravessou dois surtos da doença

Pela 2ª vez, OMS retira Toronto da lista da Sars; agora só resta Taiwan

DA REDAÇÃO

A Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou ontem Toronto da lista das regiões afetadas pela Sars (síndrome respiratória aguda grave). É a segunda vez que isso ocorre. Após dois surtos epidêmicos, a maior cidade canadense registrou quase 250 casos da doença, com 39 mortos.
Toronto é o único lugar fora da Ásia em que ocorreu um surto da doença. Agora apenas Taiwan permanece na lista da OMS. A ilha deverá sair da lista no próximo sábado se nenhum caso novo for registrado até lá. Para que uma região seja retirada da lista, é necessário que não haja novos casos durante 20 dias -o dobro do período de incubação do vírus causador da doença.
"É uma grande conquista para saúde pública. Esperamos que seja a fase final da emergência global", disse ontem David Heymann, chefe do departamento de doenças transmissíveis da OMS.

Recaída
O primeiro surto em Toronto começou em meados de março e durou até o início de maio. Em meados de maio, a OMS retirou pela primeira vez a cidade da lista das regiões afetadas.
Mas as autoridades sanitárias relaxaram demais a vigilância nos hospitais da cidade, nos quais o vírus sobreviveu e infectou um paciente de 96 anos. Este transmitiu a doença a enfermeiros, outros pacientes e visitantes. Em 23 de maio, um novo surto foi confirmado. Por isso a notícia foi recebida com cautela pelo microbiologista Donald Low, que coordena o combate à Sars em Toronto.
"Já nós falaram isso antes", disse Low ao jornal "Toronto Star". "Não vamos comemorar nada ainda, mas é outro passo adiante."
Durante os dois surtos, mais de 27 mil pessoas foram colocadas em quarentena na área de Toronto, que concentra cerca de 4 milhões de pessoas.
Os dois surtos epidêmicos trouxeram grandes prejuízos ao turismo na cidade, que, tradicionalmente, recebe um grande fluxo de visitantes nesta época do ano.
A Sars teve início em novembro na Província de Guangdong, no sul da China. Segundo a OMS, a doença infectou 8.442 pessoas em todo o mundo, das quais 812 morreram. A China concentrou a maioria absoluta dos casos.


Com agências internacionais


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