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EPIDEMIA
Cidade canadense atravessou dois surtos da doença
Pela 2ª vez, OMS retira Toronto da lista da Sars; agora só resta Taiwan
DA REDAÇÃO
A Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou ontem Toronto
da lista das regiões afetadas pela
Sars (síndrome respiratória aguda grave). É a segunda vez que isso ocorre. Após dois surtos epidêmicos, a maior cidade canadense
registrou quase 250 casos da
doença, com 39 mortos.
Toronto é o único lugar fora da
Ásia em que ocorreu um surto da
doença. Agora apenas Taiwan
permanece na lista da OMS. A ilha
deverá sair da lista no próximo sábado se nenhum caso novo for registrado até lá. Para que uma região seja retirada da lista, é necessário que não haja novos casos durante 20 dias -o dobro do período de incubação do vírus causador da doença.
"É uma grande conquista para saúde pública. Esperamos que seja a fase final da emergência global", disse ontem David Heymann, chefe do departamento de
doenças transmissíveis da OMS.
Recaída
O primeiro surto em Toronto
começou em meados de março e
durou até o início de maio. Em
meados de maio, a OMS retirou
pela primeira vez a cidade da lista
das regiões afetadas.
Mas as autoridades sanitárias
relaxaram demais a vigilância nos
hospitais da cidade, nos quais o
vírus sobreviveu e infectou um
paciente de 96 anos. Este transmitiu a doença a enfermeiros, outros
pacientes e visitantes. Em 23 de
maio, um novo surto foi confirmado. Por isso a notícia foi recebida com cautela pelo microbiologista Donald Low, que coordena o combate à Sars em Toronto.
"Já nós falaram isso antes", disse Low ao jornal "Toronto Star".
"Não vamos comemorar nada
ainda, mas é outro passo adiante."
Durante os dois surtos, mais de
27 mil pessoas foram colocadas
em quarentena na área de Toronto, que concentra cerca de 4 milhões de pessoas.
Os dois surtos epidêmicos trouxeram grandes prejuízos ao turismo na cidade, que, tradicionalmente, recebe um grande fluxo de
visitantes nesta época do ano.
A Sars teve início em novembro
na Província de Guangdong, no
sul da China. Segundo a OMS, a
doença infectou 8.442 pessoas em
todo o mundo, das quais 812 morreram. A China concentrou a
maioria absoluta dos casos.
Com agências internacionais
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