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Bush livra ex-chefe-de-gabinete de Cheney de passar 30 meses na prisão
DA REDAÇÃO
O presidente dos EUA, George W. Bush, usou ontem a prerrogativa do perdão presidencial
para comutar a pena de Lewis
Libby, ex-chefe-de-gabinete do
seu vice-presidente, Dick Cheney, e impedir que ele passasse
30 meses na prisão.
Libby foi condenado em
março por perjúrio e obstrução
da Justiça no caso do vazamento do nome da espiã da CIA Valeria Plame, em 2003. O nome
de Plame foi passado à imprensa -o que é crime nos EUA-
depois que o marido dela, o diplomata Joseph Wilson, questionou as provas que a Casa
Branca apresentou, antes da invasão do Iraque, para alegar
que Saddam Hussein tinha armas de destruição em massa.
Além do tempo em reclusão,
o juiz determinou que Libby
pagasse multa de US$ 250 mil.
"Eu respeito o veredicto, mas
concluí que a sentença dada era
excessiva. Por isso estou comutando a parte que o obriga a
passar 30 meses na prisão", disse o presidente. "Ele continuará em condicional. A multa imposta pelo juiz continuará em
vigor", acrescentou.
Um perdão total por parte do
presidente -o que pediam alguns conservadores- teria
limpado a ficha criminal do ex-assessor. "Libby não merecia ir
para a prisão e estou feliz que o
presidente tenha tido a coragem de fazer isso", disse o ex-embaixador Richard Carlson,
que ajudou a arrecadar fundos
para a defesa de Libby.
A atitude de Bush foi criticada pela oposição democrata. "A
condenação de Libby foi o primeiro ato contra os esforços da
Casa Branca de manipular a inteligência e silenciar críticas
sobra a Guerra do Iraque. Nem
esse pequeno ato de justiça pôde se concretizar", disse Harry
Reid, líder democrata no Senado. A presidente do Congresso,
Nancy Pelosi, disse que a decisão de Bush mostra que ele
"perdoa conduta criminosa".
Com agências internacionais
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