São Paulo, terça-feira, 03 de julho de 2007

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Bush livra ex-chefe-de-gabinete de Cheney de passar 30 meses na prisão

DA REDAÇÃO

O presidente dos EUA, George W. Bush, usou ontem a prerrogativa do perdão presidencial para comutar a pena de Lewis Libby, ex-chefe-de-gabinete do seu vice-presidente, Dick Cheney, e impedir que ele passasse 30 meses na prisão.
Libby foi condenado em março por perjúrio e obstrução da Justiça no caso do vazamento do nome da espiã da CIA Valeria Plame, em 2003. O nome de Plame foi passado à imprensa -o que é crime nos EUA- depois que o marido dela, o diplomata Joseph Wilson, questionou as provas que a Casa Branca apresentou, antes da invasão do Iraque, para alegar que Saddam Hussein tinha armas de destruição em massa.
Além do tempo em reclusão, o juiz determinou que Libby pagasse multa de US$ 250 mil. "Eu respeito o veredicto, mas concluí que a sentença dada era excessiva. Por isso estou comutando a parte que o obriga a passar 30 meses na prisão", disse o presidente. "Ele continuará em condicional. A multa imposta pelo juiz continuará em vigor", acrescentou.
Um perdão total por parte do presidente -o que pediam alguns conservadores- teria limpado a ficha criminal do ex-assessor. "Libby não merecia ir para a prisão e estou feliz que o presidente tenha tido a coragem de fazer isso", disse o ex-embaixador Richard Carlson, que ajudou a arrecadar fundos para a defesa de Libby.
A atitude de Bush foi criticada pela oposição democrata. "A condenação de Libby foi o primeiro ato contra os esforços da Casa Branca de manipular a inteligência e silenciar críticas sobra a Guerra do Iraque. Nem esse pequeno ato de justiça pôde se concretizar", disse Harry Reid, líder democrata no Senado. A presidente do Congresso, Nancy Pelosi, disse que a decisão de Bush mostra que ele "perdoa conduta criminosa".


Com agências internacionais


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