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"Não há provas", afirma partidário
da Redação
Não existem provas da culpa do
general Augusto Pinochet no atentado que matou Orlando Letelier,
afirma o editorialista do jornal chileno "El Mercurio", Hermógenes
Perez de Arce, 63, advogado e partidário de Pinochet.
Ele afirma não acreditar que os
EUA iniciem ação contra o ex-ditador. "Minha opinião é a de que
não haverá nenhuma ação e, caso
haja, não levará a nada", disse.
Editor do jornal "La Segunda" na
época do governo Pinochet, ele diz
ter conversado com o então ditador sobre o caso. "Ele se enfureceu
quando sugeri que ele poderia ter
envolvimento no crime."
Na época, uma comissão do governo chileno estava em Washington para pedir um empréstimo aos
EUA. Segundo Perez, Pinochet
afirmou que seria "loucura" ordenar um atentado quando mais precisava da ajuda norte-americana.
Ele diz que, para o general, a culpa do crime era da esquerda, que
teria como objetivo "prejudicar as
relações do governo com os EUA".
Para Perez, o general Pinochet
foi quem mais colaborou para esclarecer o caso. "O governo chileno entregou aos EUA Mike Townley (agente da Dina, polícia política chilena). O governo, inclusive,
excluiu esse caso da anistia decretada em 1978 para que o atentado
fosse esclarecido."
Apesar do envolvimento de
agentes da Dina, subordinada ao
general, o editorialista diz acreditar que os participantes agiram por
conta própria e que Pinochet não
sabia de nada.
(LARISSA PURVINNI)
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