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AMÉRICA LATINA
Marines deverão ter status de diplomatas
Pressionada, Argentina deve dar imunidade a soldados americanos
JOÃO SANDRINI
DE BUENOS AIRES
A Argentina cedeu a pressões
dos EUA e vai conceder imunidade judicial aos soldados americanos que atuarem no país, informou o jornal "Clarín". Oficialmente, o governo diz estar "estudando" o pedido de Washington.
Os EUA têm pressionado diversos países para ter imunidade
porque acredita que seus soldados podem ser perseguidos devido à criação do TPI (Tribunal Penal Internacional), que analisará
crimes de guerra e contra os direitos humanos.
No caso argentino, os marines
que devem ser enviados à Província de Missiones (norte, área da
tríplice fronteira com Brasil e Paraguai) nos próximos meses continuarão sob a jurisdição de tribunais norte-americanos.
Segundo o "Clarín", para atender aos EUA sem contrariar o tratado que criou o TPI, o governo
concedeu aos marines os privilégios dados a diplomatas americanos. Países como Romênia, Israel
e Timor Leste já atenderam aos
pedidos dos EUA. A União Européia deve decidir sobre o pedido
americano até 30 de setembro.
A Colômbia, que já firmou o
TPI, invocou uma salvaguarda,
prevista nos estatutos do tribunal,
que impede que a corte julgue crimes de guerra cometidos no país
durante os próximos sete anos. A
divulgação dessa decisão causou
controvérsia no país, e o governo
se viu obrigado a divulgar uma
nota, ontem, na qual afirma que a
salvaguarda não significa impunidade, pois as violações serão
julgadas pelas cortes nacionais.
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