DA REUTERS

O primeiro-ministro da Hungria, Ferenc Gyurcsany, declarou ontem que pedirá ao Parlamento um voto de confiança na próxima sexta-feira, mas a oposição ameaça desencadear novas manifestações de rua caso ele não renuncie a seu posto.
Sua legitimidade vem sendo contestada desde que, há duas semanas, foi divulgada uma gravação na qual ele admitia ter mentido para obter a maioria parlamentar nas eleições de abril último.
A oposição rejeita o voto de confiança como saída, já que o premiê tem 210 das 386 cadeiras da Câmara. Gyurcsany, no entanto, argumenta que "a maioria governamental deve reafirmar sua confiança no governo e em seu programa", como forma de superar o atual impasse.
O vice-presidente Imre Szekeres, socialista, disse que os 186 integrantes de seu partido apoiarão o premiê.
Investidores estrangeiros também apóiam Gyurcsany, por seu plano de reduzir impostos e subsídios para diminuir o déficit fiscal, de 10% do PIB, a 3,2% em 2009, para viabilizar a adesão da Hungria ao euro.


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