São Paulo, quarta-feira, 03 de novembro de 2004

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HOLANDA

Theo van Gogh fez documentário atacando o tratamento de mulheres pelo islã

Cineasta crítico do islã é assassinado

DA REDAÇÃO

Um cineasta e colunista holandês, autor de um documentário sobre a violência contra as mulheres nas sociedades islâmicas, foi assassinado ontem em Amsterdã. Theo van Gogh, 47, que dizia ser um parente distante do pintor Vincent van Gogh, foi alvejado em via pública por um cidadão de 26 anos, de nacionalidade marroquina e holandesa.
Van Gogh, que também criticava judeus e homossexuais, afirmava que a tolerância indistinta e a pluralidade cultural transformariam em breve a Holanda "numa nova Belfast", menção à Guerra Civil entre católicos e protestantes na Irlanda.
Seu último filme, "0650", homenageava o líder populista Pim Fortuyn, defensor do racismo que foi assassinado em 2002.
O colunista e cineasta havia produzido duas dezenas de filmes e era o autor de três livros.
Entidades muçulmanas apressaram-se em condenar o assassinato. Uma delas, o Conselho Urbano Marroquino, qualificou o atentado de "um ato covarde e desprezível".
O premiê holandês, Jan Peter Balkenende, lançou um apelo para que o episódio não gere novos incidentes étnicos no país.
O prefeito de Amsterdã, Job Cohen, convocou para ontem à noite um ato público em homenagem a Van Gogh.


Com agências internacionais


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