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Conselheiro de Obama diz que não havia prova cabal contra nigeriano
DE NOVA YORK
O conselheiro da Casa Branca para Segurança Doméstica e
Contraterrorismo, John Brennan, disse ontem que a Inteligência americana não dispunha de uma prova irrefutável
de que o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab pudesse
levar adiante um ataque contra
os EUA. Para Brennan, existiam apenas pedaços de informações, mas nada conclusivo.
Apesar disso, ele reconheceu
que o sistema de segurança do
país não funcionou no dia do
ataque frustrado e que Abdulmutallab não deveria ter conseguido embarcar.
Brennan foi designado pelo
presidente Barack Obama para
conduzir a revisão do sistema
de segurança, com medidas que
abrangem desde a inclusão de
nomes de terroristas em listas
de pessoas que não podem viajar para o país até a revisão do
procedimento de revista de
passageiros nos aeroportos.
O conselheiro concedeu entrevistas ontem aos principais
programas da TV americana. A
medida faz parte da estratégia
do governo para controlar os
danos da avalanche de críticas
feita pelos republicanos sobre o
episódio do ataque frustrado a
um voo americano rumo a Detroit no Natal.
Obama retorna hoje a Washington de uma viagem de férias no Havaí.
Em entrevista à NBC, Brennan não descartou o recurso a
ação militar no Iêmen. "Tudo é
possível, assim como nossa
cooperação com o governo do
Iêmen. Queremos ter certeza
de que os iemenitas têm tudo
que é necessário para lidar com
essas ameaças", disse.
Brennan rebateu as críticas
do ex-vice-presidente Dick
Cheney de que Obama estaria
fingindo que os EUA não estão
em guerra contra terroristas.
Brennan lembrou que trabalhou em cinco governos (incluindo o de Bush filho) e que
Obama está tão determinado
quanto qualquer outro a manter o país em segurança.
"Estou muito desapontado
com os comentários do vice-presidente. Ou o vice-presidente está voluntariamente descaracterizando a posição do presidente tanto em termos da linguagem que usa e das ações tomadas ou ignora os fatos."
Nos últimos dias, os republicanos têm aproveitado o episódio para elevar as críticas contra o governo Obama.
O diretor-executivo do Comitê Nacional Republicano do
Senado, Rob Jesmer, enviou
mensagem aos membros do
partido em que diz que o país
esteve prestes a ver outro avião
comercial ser destruído em
voo, caso não tivesse havido a
falha de um detonador.
(JL)
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