São Paulo, segunda-feira, 04 de janeiro de 2010

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Conselheiro de Obama diz que não havia prova cabal contra nigeriano

DE NOVA YORK

O conselheiro da Casa Branca para Segurança Doméstica e Contraterrorismo, John Brennan, disse ontem que a Inteligência americana não dispunha de uma prova irrefutável de que o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab pudesse levar adiante um ataque contra os EUA. Para Brennan, existiam apenas pedaços de informações, mas nada conclusivo.
Apesar disso, ele reconheceu que o sistema de segurança do país não funcionou no dia do ataque frustrado e que Abdulmutallab não deveria ter conseguido embarcar.
Brennan foi designado pelo presidente Barack Obama para conduzir a revisão do sistema de segurança, com medidas que abrangem desde a inclusão de nomes de terroristas em listas de pessoas que não podem viajar para o país até a revisão do procedimento de revista de passageiros nos aeroportos.
O conselheiro concedeu entrevistas ontem aos principais programas da TV americana. A medida faz parte da estratégia do governo para controlar os danos da avalanche de críticas feita pelos republicanos sobre o episódio do ataque frustrado a um voo americano rumo a Detroit no Natal.
Obama retorna hoje a Washington de uma viagem de férias no Havaí.
Em entrevista à NBC, Brennan não descartou o recurso a ação militar no Iêmen. "Tudo é possível, assim como nossa cooperação com o governo do Iêmen. Queremos ter certeza de que os iemenitas têm tudo que é necessário para lidar com essas ameaças", disse.
Brennan rebateu as críticas do ex-vice-presidente Dick Cheney de que Obama estaria fingindo que os EUA não estão em guerra contra terroristas. Brennan lembrou que trabalhou em cinco governos (incluindo o de Bush filho) e que Obama está tão determinado quanto qualquer outro a manter o país em segurança.
"Estou muito desapontado com os comentários do vice-presidente. Ou o vice-presidente está voluntariamente descaracterizando a posição do presidente tanto em termos da linguagem que usa e das ações tomadas ou ignora os fatos."
Nos últimos dias, os republicanos têm aproveitado o episódio para elevar as críticas contra o governo Obama.
O diretor-executivo do Comitê Nacional Republicano do Senado, Rob Jesmer, enviou mensagem aos membros do partido em que diz que o país esteve prestes a ver outro avião comercial ser destruído em voo, caso não tivesse havido a falha de um detonador. (JL)


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