São Paulo, sexta-feira, 04 de fevereiro de 2011

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REVOLTA ÁRABE

Ditador faz acenos, mas repressão à imprensa cresce

Jornalistas são agredidos e retirados das imediações da praça Tahrir, na véspera de protesto anti-Mubarak

SAMY ADGHIRNI
ENVIADO ESPECIAL AO CAIRO

Em mais um dia de ofensiva contra os manifestantes que pedem a queda do ditador do Egito, Hosni Mubarak, 82, o regime adotou ontem a tática de mesclar repressão e acenos.
Aumentaram os casos de agressão a jornalistas. A imprensa foi retirada das imediações da praça Tahrir, epicentro dos protestos no Cairo.
A operação, na véspera de mais uma grande manifestação contra Mubarak, gerou temor de que potenciais testemunhas de novos episódios de violência tenham sido removidas. Na madrugada, morreram oito pessoas. O total desde o início dos protestos já chega a 300.
As agressões atingiram os jornalistas brasileiros Luiz Araujo, do "Zero Hora", Corban Costa, da Rádio Nacional, e Gilvan Rocha, da TV Brasil.
Ao mesmo tempo, o vice-presidente, Omar Suleiman, foi à TV dizer que Gamal, filho e herdeiro político do ditador, não disputará a próxima eleição. Também convidou a oposição ao diálogo, enquanto o premiê, Ahmed Shafiq, pediu "desculpas" pela violência.
Mubarak deu entrevista dizendo estar "cheio" do poder, mas prometendo ficar no cargo por temer o caos. A Argélia anunciou que levantará o estado de emergência em vigor desde 1992.


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