São Paulo, sexta-feira, 04 de fevereiro de 2011 |
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ONU fica em alerta após anúncio haitiano Autoridades eleitorais confirmam exclusão do 2º turno de candidato governista, levando a medo de violência Exclusão de Célestin, apoiado por presidente, ocorreu após fraude; ex-primeira-dama e cantor passarão à etapa final FLÁVIA MARREIRO DE CARACAS Após dias de pressão da ONU e de países doadores, as autoridades eleitorais do Haiti ratificaram a exclusão do candidato governista do segundo turno do pleito presidencial, em 20 de março. A Minustah, a força de paz da ONU no Haiti (cujo braço militar é comandado pelo Brasil), está em regime de alerta e com soldados espalhados por vários pontos-chave de Porto Príncipe, temendo manifestações violentas de partidários do governista Jude Célestin. Até o fechamento desta edição, não haviam sido registrados incidentes graves. O Conselho Eleitoral Provisório acatou as conclusões de comissão da Organização dos Estados Americanos que auditou, por amostragem, os resultados do controverso primeiro turno, marcado por denúncias de fraude a favor de Célestin, candidato do presidente René Préval. Disputarão a segunda e definitiva votação dois candidatos conservadores: a ex-primeira-dama Mirlande Manigat e o cantor popular Michel Martelly. Segundo o CEP, Manigat teve 31% dos votos e Martelly, 22%. Para analistas, apesar de ter ficado em segundo, o cantor tem mais chance de vencer em 20 de março. A definição do segundo turno não deixa para trás a crise: o país debate agora quem estará no comando até a eleição do próximo presidente. Formalmente, o mandato de Préval termina nesta segunda, mas ele quer ficar no poder até 14 de maio. O presidente se apoia no mandato constitucional de cinco anos -ele tomou posse com atraso- e em uma lei aprovada no Senado, a pedido dele, para ratificar que tinha direito à extensão. Opositores, porém, resistem à solução e querem a formação de um governo provisório, a ser comandado pelo chefe do Judiciário. "Essa é uma decisão dos haitianos, mas, do nosso lado, Préval tem apoio para permanecer [até maio]", disse à Folha o embaixador do Brasil no Haiti, Igor Kipman. Mesmo sem seu candidato na corrida da sucessão, o presidente ainda mantém poder de barganha: o seu Inité caminha para ser a principal força na Câmara e Senado. Texto Anterior: Eua: Nova York vai estender proibição de fumar a seus parques e praias Próximo Texto: Chanceler argentino acusa EUA de "cursos de tortura' Índice | Comunicar Erros |
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