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Hillary anuncia envio de emissários para a Síria
Decisão começa a reverter isolamento de Damasco
Jim Hollander/Efe
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Hillary Clinton (esq.) e Tzipi Livni dão entrevista em Jerusalém
DA REDAÇÃO
Em um sinal de distensão nas
relações entre Síria e EUA, a secretária de Estado americana,
Hillary Clinton, anunciou ontem em Israel que o governo de
Barack Obama mandará dois
emissários para negociações
em Damasco.
"Avaliamos quais são, e se há,
áreas de cooperação e diálogo
produtivas. Isso inclui a Síria",
disse Hillary. O representante
de sua pasta é Jeffrey Feltman,
enquanto Dan Shapiro viajará
em nome da Casa Branca.
O governo Obama revê a política americana em relação à Síria. Isso inclui avaliar a possibilidade de mandar novamente
um embaixador para Damasco,
o que os EUA não têm desde fevereiro de 2005, quando um
atentado em Beirute matou o
ex-premiê libanês Rafik Hariri.
EUA, França e outros países
ocidentais apontaram responsabilidade de Damasco na morte. Mas o governo da Síria -que
integra a lista americana de
países patrocinadores do terrorismo, ao lado de Sudão, Irã e
Cuba- nega participação.
No mês passado, em entrevista ao jornal britânico "Guardian", Bashar Assad, ditador sírio, mostrou interesse em receber novamente um embaixador
americano em Damasco.
Ao lado da chanceler israelense Tzipi Livni, Hillary evitou
fazer prognósticos sobre o caso.
"Não há como prever o futuro
de nossa relação com a Síria."
A reaproximação de seu
maior aliado (responsável por
auxílio na monta de US$ 2,55
bilhões neste ano) com Damasco pode abrir caminho para Israel retomar negociações com a
Síria. Até a ofensiva sobre a faixa de Gaza encerrada em janeiro, os países negociavam com
mediação turca a devolução à
Síria das colinas de Golã, anexadas por Israel em 1967.
Contudo, as propostas diplomáticas para o Oriente Médio
do novo governo americano
também geram preocupação
nos israelenses. O linha-dura
Binyamin Netanyahu, incumbido de formar o novo governo
em Israel, também esteve reunido com Hillary. Ele pediu ontem que os EUA estipulem "um
limite de tempo" à iniciativa de
dialogar com o Irã para frear
seu programa nuclear e defendeu "soluções criativas" em
busca da paz na região.
Com agências internacionais
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