São Paulo, sexta-feira, 04 de março de 2011

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FOCO

Socialite paulistana diz que filho do ditador Gaddafi está irreconhecível

GABRIELA MANZINI
DE SÃO PAULO

"Eu sou amiga dele. Ou eu fui amiga dele." É assim que a empresária e socialite Ana Paula Junqueira define a sua amizade com Saif al Islam, o filho do ditador líbio que hoje atua como a face da repressão violenta do regime.
Ela e o líbio se conheceram "há muitos anos" na Europa -mais especificamente, nas reuniões do Fórum Econômico Mundial, em Davos.
"Ele tinha uma visão moderna para o país", diz Junqueira. "Nunca esperaria isso [violência] dele. [...] Soube que ele queria ter outra atitude, mas o pai não quis."
Há cerca de um ano, a empresária -que já tentou carreira política três vezes, a última com uma candidatura à Câmara pelo PV, no ano passado- oferecia um jantar em homenagem a Saif em sua casa, em São Paulo.
O motivo era a abertura de uma exposição de arte do líbio, "O Deserto Silente", no Museu Afro Brasil. Procurado, o curador Emanoel Araújo não quis comentar.
Entre os cerca de 20 convidados do jantar de Junqueira, diz, estava Marcelo Odebrecht, diretor da construtora, com negócios na Líbia.
Houve uma apresentação de um grupo que reúne ritmistas e um DJ, o Samba Groove. Convidados contaram à Folha que o líbio passou a noite cercado de seguranças, mas foi simpático e chegou a arriscar sambar.
Hoje, a socialite vê Saif pela CNN. "Não o reconheço. Era um grande amigo, mas se transformou. [...] Deve estar sob uma pressão enorme."


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