|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Eleitores no Brasil têm até o dia 6 para votar
FÁBIO CHIOSSI
DA REDAÇÃO
A dois dias do prazo máximo
para os brasileiros com cidadania
italiana entregarem seus votos aos
consulados da Itália, os candidatos residentes no exterior encerram suas campanhas para o Parlamento italiano.
O economista Edoardo Pollastri, 72, que concorre ao Senado
pela chapa do ex-premiê Romano
Prodi, a União, lembra que quem
ainda não postou os votos no correio pode depositar o envelope
com as cédulas e o certificado de
participação no pleito na caixa de
coleta do próprio Consulado da
Itália em São Paulo.
De posse dos envelopes, as representações diplomáticas têm de
enviá-los à Itália, onde serão abertos, e os votos, contados, juntamente com a apuração dos votos
do italianos que moram no país.
A eleição parlamentar na Itália
ocorrerá nos próximos dias 9 e 10.
Esta é a primeira vez em que os
cidadãos italianos residentes no
exterior podem votar para eleger
representantes parlamentares; é
também a primeira vez em que é
permitido a esses mesmos cidadãos se candidatar tanto ao Senado quanto à Câmara da Itália.
Os italianos residentes no exterior em todo o mundo elegerão 12
deputados e seis senadores. O
Brasil está no mesmo colégio eleitoral da América do Sul e de alguns países do Caribe, na área denominada América Meridional.
Pollastri, que diz ter viajado à
Argentina, ao Uruguai e ao Chile
atrás de votos, afirma que pretende, se eleito senador, brigar pelo
incremento das relações comerciais entre a América do Sul e a
Itália, além de propor a extensão
de benefícios previdenciários aos
italianos que residem no exterior.
Sobre a campanha, Pollastri,
que nasceu na Itália e há 30 anos
mora no Brasil, diz que gastou o
máximo permitido pela lei italiana: 50 mil (cerca de R$ 130 mil).
O dinheiro, diz, foi angariado junto a amigos, empresários e membros da comunidade italiana.
O valor é aproximadamente o
mesmo gasto pelo oftalmologista
Aldo Chianello, 52, que concorre
também ao Senado, pela coalizão
da situação, a Força Itália. O médico, que mora no Rio de Janeiro,
diz que gastou cerca de US$ 60
mil, obtidos entre empresas e colegas médicos.
Chianello, que nasceu no Brasil
e cujos pais vieram da Itália, preside a Associação Cultural Ítalo-Brasileira. Ele afirma que atendeu
ao pedido do partido que hoje governa a Itália para concorrer ao
Senado, contando que o trabalho
de assistência que coordena por
meio de um hospital administrado pela associação está ligado à
ideologia da Força Itália, de "livre
iniciativa, de liberdade, de amor,
da família".
Sobre as recentes declarações
do premiê Silvio Berlusconi, que
afirmou não querer uma Itália
multicultural, o oftalmologista
afirma que quem está no poder
recebe mais críticas. "O próprio
Prodi se posicionou contra o direito de voto aos residentes no exterior quando da discussão da
lei", conta.
Texto Anterior: Tiroteio Próximo Texto: Disputa virtual: Kirchner é foco de briga na internet Índice
|