São Paulo, quarta-feira, 04 de abril de 2007

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Após folga, jornais do Irã atacam Londres

DA REDAÇÃO

Ao voltarem a circular ontem, após 15 dias de intervalo devido ao feriado de Ano Novo -uma celebração herdada do período pré-islâmico na região da antiga Pérsia-, os jornais iranianos de todas as tendências foram unânimes em apoiar a política do governo no caso dos marinheiros capturados.
Num país em que a história recente alimentou os sentimentos antibritânicos da população, os jornais mais conservadores pediram que o governo endurecesse no trato com o Reino Unido; já os moderados aconselharam cautela. Mas nenhum deles deu razão a Londres.
O "Etemad e Melli", um periódico crítico do governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad, acusou os britânicos de forjarem um "cenário de crise" a fim de justificar uma eventual adoção de "medidas não-diplomáticas" contra o Irã em razão de seu programa nuclear.
A tese de que os marinheiros do Reino Unido de fato invadiram águas iranianas para criar tal cenário com o intuito de pressionar mais o Irã também é a do editor do conservador "Kayhan", Hossein Shariatmadari.

O que fazer
Os jornais discordam, no entanto, quanto aos próximos passos a adotar em meio à crise. "Um confronto duro e legal com os agressores britânicos é o único caminho", afirma o "Jomhuri ye Eslami". Já o "Etemad e Melli" pede que os ânimos se acalmem, avaliando que o Irã "deve ter sabedoria e evitar qualquer medida que possa voltar a opinião pública internacional contra si e deve neutralizar as premeditações britânicas".


Com agências internacionais e o "Financial Times"


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