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Após folga, jornais do Irã atacam Londres
DA REDAÇÃO
Ao voltarem a circular ontem, após 15 dias de intervalo
devido ao feriado de Ano Novo -uma celebração herdada
do período pré-islâmico na
região da antiga Pérsia-, os
jornais iranianos de todas as
tendências foram unânimes
em apoiar a política do governo no caso dos marinheiros capturados.
Num país em que a história recente alimentou os sentimentos antibritânicos da
população, os jornais mais
conservadores pediram que
o governo endurecesse no
trato com o Reino Unido; já
os moderados aconselharam
cautela. Mas nenhum deles
deu razão a Londres.
O "Etemad e Melli", um
periódico crítico do governo
do presidente Mahmoud Ahmadinejad, acusou os britânicos de forjarem um "cenário de crise" a fim de justificar uma eventual adoção de
"medidas não-diplomáticas"
contra o Irã em razão de seu
programa nuclear.
A tese de que os marinheiros do Reino Unido de fato
invadiram águas iranianas
para criar tal cenário com o
intuito de pressionar mais o
Irã também é a do editor do
conservador "Kayhan", Hossein Shariatmadari.
O que fazer
Os jornais discordam, no
entanto, quanto aos próximos passos a adotar em meio
à crise. "Um confronto duro
e legal com os agressores britânicos é o único caminho",
afirma o "Jomhuri ye Eslami". Já o "Etemad e Melli"
pede que os ânimos se acalmem, avaliando que o Irã
"deve ter sabedoria e evitar
qualquer medida que possa
voltar a opinião pública internacional contra si e deve
neutralizar as premeditações britânicas".
Com agências internacionais e o "Financial Times"
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