São Paulo, segunda-feira, 04 de abril de 2011

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Protesto religioso mata 3 no Afeganistão

Ataques ocorrem em Candahar; manifestações contra a queima do Corão por pastor se espalham pelo país

Americano diz que não se sente responsável pelas mortes e promete um protesto anti-islã em mesquita nos EUA

Reuters
Policiais junto de roupas e sapatos que foram abandonados por manifestantes em Candahar, cidade no sul do Afeganistão

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Mais três pessoas morreram e pelo menos 30 ficaram feridas ontem na cidade afegã de Candahar, no terceiro dia seguido de manifestações violentas contra a queima de um exemplar do Corão nos Estados Unidos.
Entre 3.000 e 4.000 pessoas foram às ruas nas províncias de Nangarhar, Kapisa, Candahar, Badakshan e Parwan. Estradas foram interrompidas e bandeiras americanas foram queimadas em todas as regiões.
Os incidentes mais graves foram em Candahar, onde os manifestantes incendiaram um posto de controle de trânsito da polícia, o que causou a explosão de um botijão de gás. Anteontem, a cidade foi palco de nove mortes.
Responsável pela queima do Corão, o pastor americano Terry Jones disse anteontem que não se sente culpado pelas mortes e prometeu liderar uma manifestação anti-islã no final deste mês em frente à maior mesquita dos Estados Unidos, localizada em Dearborn, Michigan.
"Não nos sentimos responsáveis pelo ataque, porque os elementos radicais do islã estão usando [a queima] como desculpa para promover suas atividades violentas", declarou.

DIPLOMACIA
O presidente afegão, Hamid Karzai, pediu aos parlamentares do Congresso dos Estados Unidos que condenem a queima do Corão pelo pastor radical norte-americano e evitem que a circunstância se repita.
O pedido foi feito durante um encontro de Karzai com o embaixador norte-americano, Karl Eikenberry, e o general David Petraeus, comandante das forças dos EUA e da Otan no Afeganistão.
Na sexta-feira, sete funcionários da ONU em Mazar-i-Sharif (norte) foram mortos em um ataque ao prédio da entidade na cidade.
No sábado, o presidente americano, Barack Obama condenou a queima do Corão como sendo "um ato de intolerância extrema".
Sustentou, no entanto, que "atacar e matar pessoas inocentes em resposta é uma afronta à decência e à dignidade humanas".


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