São Paulo, quarta-feira, 04 de maio de 2011

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ANÁLISE

Corte do deficit exige sacrifícios consideráveis dos portugueses

ÉRICA FRAGA
DE SÃO PAULO

A economia de recursos que Portugal terá de fazer para cumprir os termos do socorro financeiro que está por vir é enorme.
Somente em 2011, o governo terá de reduzir o deficit (diferença entre despesas e receitas) do setor público em mais de US$ 7 bilhões, segundo sinalizou ontem o primeiro-ministro português, José Sócrates.
Em perspectiva: esse número é maior do que tudo o que é produzido em um ano (Produto Interno Bruto) em países latino-americanos como Haiti e Nicarágua.
Ao contrário do que afirmou ontem Sócrates, é difícil imaginar como um corte dessa magnitude poderá ocorrer sem exigir grandes sacrifícios sociais.
Sacrifícios, aliás, já têm sido amargados pela população de Portugal nos últimos anos de economia estagnada e desemprego crescente.
O resultado do corte de gastos será, provavelmente, uma piora desse cenário. Projeções de organismos multilaterais e consultorias já indicam isso: dois ou três anos de recessão pela frente.


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