São Paulo, segunda-feira, 04 de julho de 2011

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Volta de Strauss-Kahn à política tem apoio

Pesquisa indica que 60% dos eleitores de esquerda querem retorno de ex-chefe do FMI à cena política francesa

Entre os eleitores em geral, resultado é mais apertado: 49%querem a volta, enquanto 45% se mostram contrários

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Cerca de 60% dos eleitores de esquerda da França querem que o ex-chefe do FMI, Dominique Strauss-Kahn, volte à política do país, mostra pesquisa divulgada ontem pelo jornal "Le Parisien".
Entre os eleitores em geral, 49% querem que Strauss-Kahn retorne à cena política francesa, enquanto 45% são contra, segundo o levantamento, da consultoria Harris Interactive, que ouviu 1.000 franceses acima de 18 anos.
A sondagem foi realizada após a liberação Strauss-Kahn da prisão domiciliar na última sexta-feira.
Antes da prisão em 14 de maio sob a acusação de ter abusado sexualmente de uma camareira em um hotel em Nova York, Strauss-Kahn era tido como o principal adversário para enfrentar o presidente francês Nicolas Sarkozy nas eleições de 2012.
Sua soltura se deveu a inconsistências no depoimento da suposta vítima. A imprensa americana agora especula sobre o passado da camareira, que é originalmente da Guiné, oeste africano.

PRESIDÊNCIA
A pesquisa também mostrou que 51% dos esquerdistas franceses querem que o Partido Socialista (PS) adie o prazo de 13 julho para registro de candidaturas nas primárias para escolher candidato da legenda.
Strauss-Kahn ainda se apresentará à corte em Nova York no dia 18 de julho para mais uma audiência.
Se a Justiça dos EUA derrubar as acusações, ele ainda poderia se apresentar para a disputa, já que os candidatos têm até meados de março do ano que vem se inscrever na eleição de 22 de abril.
Enquanto analistas dizem que o escândalo abalou sua imagem para concorrer em 2012, os partidários de Strauss-Kahn argumentam que o episódio teria sido um "atentado político".
O deputado socialista Fraçois Loncle deu entrevista à imprensa francesa denunciando uma ligação entre a Presidência francesa e o grupo Accor, que é proprietário do hotel Sofitel, onde Strauss-Kahn estava hospedado em Nova York, nos EUA.
Segundo fontes anônimas citadas pela agência de notícias France Presse, a inteligência França foi alertada sobre o caso Strauss-Khan ainda em 14 de maio, pela administração do Sofitel.
O grupo Accor nega qualquer envolvimento.


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