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Para Gaddafi,
ações americanas
ajudam Al Qaeda
DA ASSOCIATED PRESS
O ditador líbio, Muammar
Gaddafi, disse ontem que a
guerra ao terrorismo empreendida pelos EUA tem
fortalecido a rede terrorista
Al Qaeda. Segundo ele, os
muçulmanos enxergam as
ações no Afeganistão e no
Iraque como uma agressão
contra o islã.
No entanto, em entrevista
concedida ontem à rede de
TV americana ABC, Gaddafi
fez questão de frisar que a Líbia está cooperando com os
EUA na guerra contra o terrorismo. De acordo com o
ditador, seu país também é
inimigo da Al Qaeda.
O ditador líbio disse que as
ações americanas no Iraque
e no Afeganistão transformaram o terrorista saudita
Osama bin Laden, líder da Al
Qaeda, em um símbolo de
defesa do mundo islâmico.
Para Gaddafi, na realidade,
a Al Qaeda e seus membros
"são pessoas loucas e insensíveis". Ele culpou a monarquia saudita e a facção wahabita do islamismo de serem
os responsáveis pela difusão
do terrorismo pelo mundo.
Segundo o ditador, a política externa de Washington
é colonialista e controlada
por grupos judaicos. A ajuda
americana a Israel, afirma
Gaddafi, cria um ambiente
favorável para a disseminação da Al Qaeda.
Gaddafi foi, nos anos 80,
considerado um dos principais inimigos dos EUA. Seu
regime é acusado de envolvimento em atentado contra
avião que matou 270 pessoas
na Escócia em 1988. As sanções contra a Líbia foram
suspensas em 1999, mas ainda não foram levantadas.
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