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Obama estuda levar aos EUA presos de Guantánamo
DA ASSOCIATED PRESS
O governo dos EUA estuda
construir um complexo prisional de segurança máxima em
seu território para receber detentos de Guantánamo (Cuba)
e cumprir a tempo determinação do presidente Barack Obama de fechar a prisão na base
militar até janeiro de 2010.
Segundo autoridades do governo Obama que falaram sob
anonimato, o complexo combinaria prisões civis e militares e
seria dotado de estrutura para
julgamentos pelas Justiça comum -para os processos de
crimes federais- e Militar.
Obama, ao assumir, designou
uma força-tarefa para estudar
soluções para o nó jurídico do
fechamento da prisão-símbolo
da "guerra ao terror", deflagrada pelo governo de George W.
Bush no pós-11 de Setembro.
Se concretizada, a nova prisão pode abrigar os 229 presos
remanescentes de Guantánamo e solucionar, ainda que provisoriamente, os principais entraves para o seu fechamento.
Segundo os relatos, o complexo prisional poderá abrigar
indefinidamente os detentos
não processados -por falta de
acusação e de provas e por temor de que sejam absolvidos-,
os que forem absolvidos mas
não tiverem terceiros países
dispostos a recebê-los e também os condenados, que cumpririam as suas penas no local.
Ontem, porém, o porta-voz
do governo americano, Robert
Gibbs, disse que nenhuma decisão foi tomada por Obama.
A construção do complexo de
segurança máxima, que seria
dirigida conjuntamente pelas
secretarias da Justiça, da Defesa e da Segurança Interna, enfrenta forte oposição não apenas entre republicanos, mas
também de democratas de locais estudados para abrigar a
prisão, que alegam possível risco à segurança americana.
Para abrigar o novo complexo, a Casa Branca analisa uma
prisão militar no Estado do
Kansas e uma prisão de segurança máxima prestes a ser fechada no Estado de Michigan.
Ontem, autoridades do governo disseram que também é
estudada a possibilidade -alternativa ao novo complexo-
de que os detentos de Guantánamo sejam processados em
cortes federais de Washington
e de Nova York.
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