São Paulo, quarta-feira, 04 de agosto de 2010

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ENTENDA O CASO
O DRAMA DE SAKINEH

ACUSAÇÕES
Sakineh é presa em 2006 acusada de ter um caso com um homem que teria sido o assassino de seu marido, ao lado de um comparsa. Ela diz que era agredida em casa e que não vivia como mulher casada havia dois anos

CHIBATADAS
Em maio daquele ano, Sakineh é condenada a receber 99 chibatadas por manter um "relacionamento ilícito com estranhos", pena que lhe é aplicada diante do seu filho

ADULTÉRIO
Paralelamente, a iraniana é processada por adultério no casamento. Em audiência, ela chega a confessar o "crime", mas depois se retifica -o que é previsto em lei-, dizendo que havia sido forçada

POLÊMICA
Em setembro de 2006, a pena de morte por apedrejamento é revista em conselho de juízes. A votação revela um racha em relação à sobreposição do júri ao primeiro, que culminou nas chibatadas. Mas a sentença é aprovada por 3 votos a 2, por "conhecimento dos juízes", ou seja, sem considerar provas

RECURSO
Sob clamor internacional, em julho deste ano, autoridades iranianas dizem que Sakineh não será apedrejada, porém não excluem enforcá-la. O chefe do Judiciário provincial responsável pelo caso afirma considerar válida a pena de morte por apedrejamento

HOMICÍDIO
Há divergências em relação à acusação de envolvimento no homicídio do marido. O chefe do Judiciário provincial afirma que Sakineh foi condenada à morte também por essa razão. Já parte da defesa diz que ela foi absolvida e parte que, por ter o perdão dos dois filhos, ela cumpre pena de dez anos de prisão pela coautoria

APEDREJAMENTO
Pela lei iraniana, uma mulher condenada ao apedrejamento deve ser enterrada até a altura do peito e golpeada à morte por pedras nem pequenas nem grandes demais


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