Presidente americano vive aniversário amargo diante das pesquisas que indicam aprovação de apenas 41%

Mau momento antecede em somente três meses eleição para Congresso; analista ponta reformas como motivo para baixa

DE WASHINGTON

Quando completar hoje 49 anos, o presidente dos EUA, Barack Obama, poderá celebrar muito pouco no que se refere ao sucesso de público de seu governo: as últimas pesquisas indicam que enfrenta impopularidade recorde, com 41% de aprovação.
O aniversário de gosto amargo chega três meses antes de pleito para o Congresso em que se avizinham fortes perdas aos democratas.
O levantamento foi feito pelo instituto Gallup e pelo jornal "USA Today" e tem margem de erro de três pontos percentuais. Na média das pesquisas tabuladas pelo site Real Clear Politics, Obama tem 45% de aprovação.
Para piorar, outra pesquisa, do site Politico, mostra que Obama perderia hoje a reeleição para um republicano genérico por 37% a 45%.
Analistas americanos se esforçam para explicar como um presidente que alcançou vários de seus mais ambiciosos objetivos de campanha -como as reformas do sistema de saúde e financeira- pode ver índices de popularidade em queda contínua.
Já ficou claro que Obama não é hoje o comunicador eficaz que foi na campanha.
Alexander Keyssar, da Universidade Harvard, vê três fontes de problemas. A primeira é que as reformas que Obama considera vitórias antagonizaram boa parte do eleitorado, contrário ao que vê como interferência do governo na sociedade.
Enquanto isso, os esquerdistas tampouco ficaram satisfeitos, pois acham que houve concessões demais.
O segundo é que muitos grupos acham que o governo não deu atenção a suas prioridades, como as reformas climática e migratória. E há a questão específica de que a economia americana não vai muito bem -a recuperação vem sendo lenta, e o desemprego continua próximo dos 10%. (ANDREA MURTA)

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