São Paulo, sexta, 4 de setembro de 1998

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Psicóloga ampara parentes

da Redação

Além da parte emotiva, os parentes de vítimas de desastres aéreos têm de lidar com questões como problemas financeiros e processos na Justiça. É o que disse à Folha, por telefone, Sonia Padula Sadalla, 58, psicóloga clínica e hospitalar, que trabalha com pessoas que perderam familiares no acidente do avião da TAM, em 96.
Sadalla disse que uma de suas pacientes não consegue ficar em seu apartamento das 19h às 22h porque seu marido costumava chegar nesse horário.
Entre os sintomas causados pela morte dos pais, segundo Sadalla, está o aumento da agressividade e da depressão dos filhos.
Nas sessões, a psicóloga ouviu relatos sobre uma criança que ficava na janela de sua casa para tentar falar com o pai -que foi "para junto do papai do céu", como lhe explicaram-, morto no acidente do avião da TAM.
O papel do psicólogo na hora do acidente é "de bombeiro, de emergência", explica Sadalla. Os familiares às vezes fazem de tudo para que as pessoas não chorem, mas "é preciso haver um desabafo, é preciso chorar". (PDF)



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