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Psicóloga ampara parentes
da Redação
Além da parte emotiva, os parentes de vítimas de desastres aéreos têm de lidar com questões como problemas financeiros e processos na Justiça. É o que disse à
Folha, por telefone, Sonia Padula
Sadalla, 58, psicóloga clínica e
hospitalar, que trabalha com pessoas que perderam familiares no
acidente do avião da TAM, em 96.
Sadalla disse que uma de suas
pacientes não consegue ficar em
seu apartamento das 19h às 22h
porque seu marido costumava
chegar nesse horário.
Entre os sintomas causados pela
morte dos pais, segundo Sadalla,
está o aumento da agressividade e
da depressão dos filhos.
Nas sessões, a psicóloga ouviu
relatos sobre uma criança que ficava na janela de sua casa para
tentar falar com o pai -que foi
"para junto do papai do céu", como lhe explicaram-, morto no
acidente do avião da TAM.
O papel do psicólogo na hora do
acidente é "de bombeiro, de
emergência", explica Sadalla. Os
familiares às vezes fazem de tudo
para que as pessoas não chorem,
mas "é preciso haver um desabafo, é preciso chorar".
(PDF)
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