São Paulo, quinta-feira, 04 de outubro de 2007

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Após eleição, estatal russa ameaça cortar gás para Kiev

DA REDAÇÃO

A empresa de energia russa Gazprom ameaçou ontem cortar o fornecimento de gás para a Ucrânia se uma dívida de US$ 1,3 bilhão não fosse paga. A ameaça da gigante estatal, responsável pelo abastecimento de cerca de 25% do gás consumido na Europa, ressuscitou os fantasmas da virada do ano de 2005 para 2006, quando o suprimento foi temporariamente cortado, afetando os europeus.
O temor no entanto foi logo aplacado, com o anúncio de um acordo entre a Gazprom e Kiev para a quitação da dívida até o dia 1º de novembro. O acordo não foi fechado, porém, antes de o ministro ucraniano da Energia, Yuriy Boiko, ir às pressas a Moscou.
Segundo analistas ouvidos pelo "Financial Times", o premiê da Ucrânia, Viktor Yanukovich, teria despachado seu ministro à Rússia para tentar frear uma pressão de Moscou contra o país vizinho, que está prestes a mudar de governo.
Mais de uma vez a Rússia foi acusada de usar o gás da Gazprom para pressionar as ex-repúblicas soviéticas. E as eleições parlamentares da Ucrânia deram vitória, no último domingo, ao bloco de partidos pró-Ocidente, como o do presidente Viktor Yushchenko.
Para os analistas, o pró-Rússia Yanukovich teria pedido que a pressão fosse aliviada na esperança de manter alguma influência no governo, enquanto as alianças ainda não se formaram. Seja como for, o acordo entre Kiev e a Gazprom foi anunciado também depois de o presidente Yushchenko haver acenado com a possibilidade de compor uma aliança de governo com a participação do Partido das Regiões, de pró-Rússia.


Com agências internacionais


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