São Paulo, quarta-feira, 04 de dezembro de 2002

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ORIENTE MÉDIO

Árabes em Israel e territórios suplantarão judeus até 2020, diz estudo

Diminui número de judeus no mundo

DA REDAÇÃO

O número de judeus no mundo está diminuindo, enquanto em Israel e nos territórios palestinos a população árabe irá suplantar a judaica em 2020, segundo estudo da Agência Judaica.
Sempre segundo o estudo, a população judaica mundial foi estimada em 12,9 milhões (5 milhões em Israel), contra estimativas de 13,2 milhões no início do ano.
Enquanto o número de judeus em Israel dobrou desde 1970, reforçado pela chegada de mais de 1 milhão de imigrantes da ex-União Soviética, a população na diáspora encolheu 2,2 milhões.
A maior comunidade judaica do mundo, a dos EUA, está encolhendo: de 5,5 milhões em 1990 para 5,2 milhões neste ano.
Além dos fatores similares à redução da população em outras comunidades, como taxas de natalidade e de casamentos declinantes, a população judaica fora de Israel enfrenta a assimilação resultante geralmente de casamentos com não-judeus.
Em Israel, a população judaica cresce em ritmo menor que a dos árabes. Em 2020, 6,3 milhões de judeus viverão em Israel, contra 2 milhões de árabes, com outros 5,6 milhões de árabes nos territórios palestinos ocupados.
A estatística serve de argumento para setores pacifistas defenderem a criação de um Estado palestino, já que o Estado judeu governaria uma maioria não-judaica.

Intifada
Uma palestina de 95 anos morreu ontem por disparos de soldados israelenses quando estava num táxi perto de Ramallah (Cisjordânia), disseram testemunhas e médicos palestinos.
Segundo eles, os soldados abriram fogo quando o táxi que levava Fatima Hassan tentou contornar uma barreira. Israel diz que os soldados atiraram contra os pneus do carro, que viajava por estrada proibida, e que o motorista ignorou os disparos.
Marwan Barghouti, um dos mais populares líderes da Intifada, divulgou comunicado de sua prisão em Israel pedindo mudanças no topo da liderança palestina, a primeira vez que desafia publicamente o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Iasser Arafat. Cresce entre líderes palestinos e a população em geral a oposição à forma como Arafat vem lidando com a Intifada.
"Chegou a hora de muitos líderes palestinos deixarem seus postos após fracassarem", disse.


Com agências internacionais

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