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[!]foco
Casal nos EUA interrompe o crescimento da filha para facilitar tratamento
DO "INDEPENDENT"
Ashley X, 9, está congelada
no tempo. Portadora de danos cerebrais graves desde o
nascimento, a menina de
Seattle (EUA) teve o útero e
as glândulas mamárias removidos por médicos e passou por tratamento hormonal para estancar seu crescimento. Assim, seus pais poderiam continuar a cuidar
dela em casa, como se fosse,
para sempre, criança.
O caso de Ashley -que não
anda, fala nem firma a cabeça, alimenta-se por um tubo
e vive sobre um travesseiro-
divide a comunidade médica. Os pais da menina, que se
descrevem como profissionais com nível superior, lançaram um blog no primeiro
dia do ano para explicar o caso e justificar suas razões.
Seus argumentos provocaram muitas críticas, mas
também encontraram apoio.
Para John Wyatt, professor de pediatria neonatal na
Universidade College de
Londres, nem sempre é correto permitir que determinadas crianças cheguem à
puberdade -em casos de
problemas congênitos, por
exemplo, a explosão hormonal aumenta o risco de câncer. "O direito à puberdade
não pode ser absoluto. Pode
ser correto parar o processo
para garantir a sobrevivência da criança", diz.
Seu colega Raanan Gillon,
especialista em ética, afirma
que, embora "horrorizado"
num primeiro momento, vê
pontos positivos no caso. "Os
pais poderão cuidar dela de
uma forma mais apropriada,
pois ela permanecerá, de
qualquer maneira, com uma
mentalidade infantil", anui.
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