São Paulo, segunda-feira, 05 de janeiro de 2009

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DIPLOMACIA

Israel
Apesar de ter voltado a descartar um cessar-fogo ontem, nos bastidores sugere que aceitaria um acordo diplomático, com várias condições: que a fronteira de Gaza com o Egito seja monitorada por soldados armados -americanos, de preferência- com plenos poderes militares; que seja construído um muro subterrâneo para impedir que o Hamas cave túneis na região para se rearmar; em último caso, que seja instalada uma força internacional no norte e no sul de Gaza, a exemplo da força da ONU que existe no sul do Líbano, comandada pela França

Hamas
Condiciona qualquer trégua ao fim imediato do bloqueio econômico israelense a Gaza, sua prioridade política. Mas, sob fogo, negocia um cessar-fogo com mediação egípcia

Estados Unidos
O veto a uma resolução no CS da ONU que pedia uma trégua imediata evidencia a decisão de Washington de dar carta branca a Israel. Os EUA veem com bons olhos a ideia de uma força armada para controlar a fronteira entre Gaza e o Egito

Egito
O Cairo, que havia mediado a última trégua entre Hamas e Israel, tenta convencer o grupo islâmico a aceitar um novo cessar-fogo que inclua a volta do monitoramento da Autoridade Nacional Palestina na fronteira Gaza-Egito -condição imposta pela União Europeia para o regresso de seus observadores à região

Liga Árabe
A Liga Árabe vem tentando, até agora sem sucesso, emplacar uma resolução no CS da ONU que exige o fim dos ataques israelenses. Os países árabes também querem uma missão de monitoramento internacional, mas com ênfase na proteção aos civis palestinos

Turquia
O premiê turco vem buscando apoio para o seu plano de paz em duas fases: 1) uma trégua imediata seguida do envio de observadores nos moldes da missão da ONU no sul do Líbano; 2) mediação para unificar as posições árabes e reconciliar o Hamas e o Fatah

União Europeia
A nova Presidência tcheca do bloco apoiou a invasão, antes de se retratar sob críticas. Uma missão da UE, que inclui tchecos e diplomatas da Comissão Europeia, está buscando uma trégua, mas o bloco não tem posição clara sobre os contornos do acordo

França
Mesmo depois de entregar a presidência francesa da UE, o presidente Nicolas Sarkozy segue ativo na mediação do conflito. Seu plano de cessar-fogo não está claro, mas ele espera usar sua relação cordial com a Síria para pressionar Damasco a exigir um cessar-fogo do Hamas


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