São Paulo, quarta-feira, 05 de janeiro de 2011

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Governo de Cuba dá início a corte de 1,3 milhão de funcionários

Plano da ditadura comunista foi anunciado no ano passado

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O governo de Cuba deu início ontem ao corte de postos de trabalho em empresas estatais, num processo que prevê a dispensa de 500 mil funcionários públicos até março.
Os cortes são parte da reforma econômica do ditador cubano, Raúl Castro, e visam combater os problemas econômicos da ilha.
Em cada local de trabalho, foi criada uma comissão composta de entre 5 e 7 pessoas, incluindo um representante da CTC (Central de Trabalhadores de Cuba), que ficarão responsáveis por elaborar a lista de dispensa.
"Cabe-nos garantir a reestruturação do trabalho, que vai começar", disse o secretário-geral da CTC, Salvador Valdés Mesa, de acordo com a rádio estatal "Rebelde".
Ele disse que o sindicato iria supervisionar as demissões, inicialmente dirigidas aos trabalhadores nos ministérios do Açúcar, Agricultura, Construção e Saúde Pública e no setor de turismo.
Valdés disse que o objetivo da supervisão é assegurar que as demissões ocorram sem "violações, paternalismo, favoritismo e qualquer outra tendência negativa".
Em alguns hotéis e locais turísticos, onde os empregos são mais procurados, as discussões são acaloradas.

CRISE
Cuba foi duramente atingida pela crise financeira e por furacões em 2008. Falta dinheiro na ilha, que, nos últimos dois anos, reduziu as importações, congelou as contas bancárias de empresas estrangeiras e suspendeu o pagamento a credores.
A ideia é que parte dos trabalhadores despedidos seja realocada em novas ocupações, como em cooperativas atualmente controladas pelo Estado.
O governo também oferecerá um mês de salário para cada dez anos trabalhados. O salário médio cubano é de US$ 20 (R$ 33) mensais.
Para os próximos três anos, o Estado cubano planeja cortar até 1,3 milhão de funcionários públicos, cerca de 25% do total.
Em 2016, o governo espera que 50% dos cubanos estejam trabalhando em empresas privadas.


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