São Paulo, #!L#Sábado, 05 de Fevereiro de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

GUERRA NO CÁUCASO
Exército avança em Grozni
Rússia diz reduzir ação na Tchetchênia

das agências internacionais

Um comandante militar russo afirmou ontem que o contingente militar na República separatista da Tchetchênia será reduzido. A decisão foi tomada depois do sucesso militar na capital do território, que está quase totalmente sob controle russo.
"Decidimos preparar a retirada de uma parte considerável das tropas", disse Valery Manilov, vice-comandante do Estado-Maior russo, que não especificou a dimensão da operação.
Estão na Tchetchênia 93 mil soldados russos. O contingente, considerado excessivo, tem gerado críticas internacionais ao país.
As tropas russas controlam áreas densamente povoadas no norte e no centro da Tchetchênia, mas deve enfrentar resistência de guerrilheiros que deixaram Grozni e se alojaram na região montanhosa do sul do território.
Restam na capital cerca de mil guerrilheiros, que estariam encurralados, segundo os russos.
Um porta-voz do presidente interino da Rússia, Vladimir Putin, descartou ontem a realização de negociações com os guerrilheiros tchetchenos.
O avanço das tropas russas na Tchetchênia vem fortalecendo a popularidade de Putin, candidato do Kremlin nas eleições presidenciais de 26 de março.
Ontem, o ex-premiê Ievguêni Primakov anunciou oficialmente que não será candidato, aumentando ainda mais o favoritismo de Putin, que pode vencer a disputa no primeiro turno.
Primakov acusou a mídia russa de fazer uma campanha para minar a sua candidatura.

Jornalista
Emissoras de TV russas mostraram ontem imagens da entrega do jornalista Andrei Babitski a guerrilheiros tchetchenos, em troca de prisioneiros de guerra russos. Os EUA protestaram contra a troca, e o paradeiro de Babitski é desconhecido.
Ele trabalha para a Rádio Liberdade, financiada pelos EUA, e havia sido detido por tropas russas.


Texto Anterior: Antes de chegar ao poder, Hitler também jurou respeitar legalidade
Próximo Texto: Alemanha: CDU já recebia doações ilegais nos anos 70
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.