São Paulo, terça-feira, 05 de fevereiro de 2008

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Primeiro ataque suicida em um ano mata 1 em Israel

Segundo homem-bomba não explodiu e foi morto; atentado deixou 11 feridos

Explosão ocorreu em Dimona, no sul; autoria é disputada por Hamas e pelas Brigadas de al Aqsa, ligadas ao grupo rival Fatah

DA REDAÇÃO

No primeiro atentado suicida em mais de um ano em Israel, um homem-bomba se explodiu ontem em um shopping na cidade de Dimona, matando uma mulher e deixando 11 pessoas feridas. Um segundo camicase foi morto por policiais antes de conseguir detonar seus explosivos.
De acordo com testemunhas, o segundo agressor ficou ferido na explosão detonada por seu companheiro e caiu no chão. "Quando ouvi a explosão, desci do meu escritório com uma caixa de primeiros socorros. Encontrei um homem deitado com um grande colete negro que estava ferido, mas ainda vivo porque movimentava os olhos", disse um advogado.
A mesma testemunha relatou que abriu o colete do ferido para ajudá-lo, descobriu um cinto com explosivos preso à cintura dele e gritou imediatamente para advertir do perigo. Minutos depois, um policial chegou ao local e disparou três ou quatro vezes sobre o corpo do agressor.
O atentado em Dimona, uma cidade no deserto do Neguev onde está localizado um reator nuclear supersecreto construído nos anos 60, foi o primeiro de caráter suicida depois do ocorrido em janeiro de 2007, em Eilat (extremo sul de Israel), no qual morreram três pessoas.
O governo israelense prometeu "acabar com o terrorismo" mas afirmou que o atentado não impedirá a continuação das negociações de paz, mediadas pelos EUA, com a Autoridade Nacional Palestina (ANP), que condenou o atentado.
Dois grupos palestinos disputam a autoria do ataque. Logo após a explosão, as Brigadas de Mártires de al Aqsa, grupo ligado ao Fatah, do presidente Mahmoud Abbas, mas insubordinado ao presidente palestino, anunciaram ter realizado o atentado junto com a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP). No início da noite, o Hamas afirmou que os dois camicases eram integrantes do braço armado da organização que haviam saído de Hebron, na Cisjordânia.
O anúncio contrariou informações divulgadas anteriormente pela polícia de Israel, que atribuiu o atentado a militantes da faixa de Gaza que teriam entrado em Israel pelo Egito, graças à fronteira derrubada pelo Hamas, no final do mês passado.
Horas depois da explosão, Israel lançou um ataque aéreo contra Gaza, matando um líder da milícia palestina Comitês de Resistência Popular.


Com agências internacionais


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