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Primeiro ataque suicida em um ano mata 1 em Israel
Segundo homem-bomba não explodiu e foi morto; atentado deixou 11 feridos
Explosão ocorreu em Dimona, no sul; autoria é disputada por Hamas e
pelas Brigadas de al Aqsa,
ligadas ao grupo rival Fatah
DA REDAÇÃO
No primeiro atentado suicida em mais de um ano em Israel, um homem-bomba se explodiu ontem em um shopping
na cidade de Dimona, matando
uma mulher e deixando 11 pessoas feridas. Um segundo camicase foi morto por policiais antes de conseguir detonar seus
explosivos.
De acordo com testemunhas,
o segundo agressor ficou ferido
na explosão detonada por seu
companheiro e caiu no chão.
"Quando ouvi a explosão, desci
do meu escritório com uma caixa de primeiros socorros. Encontrei um homem deitado
com um grande colete negro
que estava ferido, mas ainda vivo porque movimentava os
olhos", disse um advogado.
A mesma testemunha relatou que abriu o colete do ferido
para ajudá-lo, descobriu um
cinto com explosivos preso à
cintura dele e gritou imediatamente para advertir do perigo.
Minutos depois, um policial
chegou ao local e disparou três
ou quatro vezes sobre o corpo
do agressor.
O atentado em Dimona, uma
cidade no deserto do Neguev
onde está localizado um reator
nuclear supersecreto construído nos anos 60, foi o primeiro
de caráter suicida depois do
ocorrido em janeiro de 2007,
em Eilat (extremo sul de Israel), no qual morreram três
pessoas.
O governo israelense prometeu "acabar com o terrorismo"
mas afirmou que o atentado
não impedirá a continuação
das negociações de paz, mediadas pelos EUA, com a Autoridade Nacional Palestina (ANP),
que condenou o atentado.
Dois grupos palestinos disputam a autoria do ataque. Logo após a explosão, as Brigadas
de Mártires de al Aqsa, grupo ligado ao Fatah, do presidente
Mahmoud Abbas, mas insubordinado ao presidente palestino,
anunciaram ter realizado o
atentado junto com a Frente
Popular para a Libertação da
Palestina (FPLP). No início da
noite, o Hamas afirmou que os
dois camicases eram integrantes do braço armado da organização que haviam saído de Hebron, na Cisjordânia.
O anúncio contrariou informações divulgadas anteriormente pela polícia de Israel,
que atribuiu o atentado a militantes da faixa de Gaza que teriam entrado em Israel pelo
Egito, graças à fronteira derrubada pelo Hamas, no final do
mês passado.
Horas depois da explosão, Israel lançou um ataque aéreo
contra Gaza, matando um líder
da milícia palestina Comitês de
Resistência Popular.
Com agências internacionais
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