São Paulo, quinta-feira, 05 de fevereiro de 2009

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Potências apoiam conversas dos EUA com Teerã

DA REDAÇÃO

Em seu primeiro encontro desde a posse de Barack Obama, as seis potências encarregadas de destravar o impasse acerca do programa nuclear iraniano concordaram ontem em apoiar a proposta do novo presidente americano de conversar diretamente com Teerã.
A decisão foi anunciada após reunião, nos arredores de Frankfurt, Alemanha, entre representantes das cinco potências nucleares do Conselho de Segurança da ONU -EUA, Rússia, China, França e Reino Unido- mais a Alemanha.
"A disposição do novo governo [americano] em dialogar com o Irã foi explicitamente apoiada por todos os participantes da reunião aqui em Wiesbaden", disse um porta-voz do governo alemão.
Sob o governo de George W. Bush, encerrado no dia 20 de janeiro, os EUA participaram apenas como observadores das negociações diplomáticas com o Irã, acusado pelo Ocidente de desenvolver secretamente uma bomba atômica.
Teerã insiste em que suas instalações nucleares servem para produzir energia e negocia uma solução que lhe permita continuar enriquecendo urânio -o que pode fazer sob o Tratado de Não-Proliferação Nuclear, mas sob controle da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Sob pressão de Bush, que em 2001 incluiu Teerã no chamado "eixo do mal", a ONU adotou desde 2006 três rodadas de punições comerciais contra o Irã.
Diplomatas dos países envolvidos no caso apoiaram ontem a política de incentivos e ameaças defendida por Obama.
Rompendo com a política de Bush, Obama defende incluir os EUA nas negociações e tratar com Teerã por meio de uma abordagem que mescle incentivos econômicos ao Irã para convencê-lo a desistir de seu programa nuclear e a ameaça de novas sanções caso insista em enriquecer urânio.
Mas numa iniciativa interpretada como um desafio ao Ocidente, o Irã anunciou anteontem ter lançado o que afirma ser o primeiro satélite construído no país, aumentando a preocupação sobre a capacidade iraniana de usar mísseis balísticos de longo alcance, que poderiam atingir a Europa.
Com agências internacionais


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