|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Uribe promete mais pressão sobre Farc
Ex-deputado deve ser libertado hoje pela guerrilha; para militar brasileiro na missão, trabalho é uma "honra"
DA REDAÇÃO
O ex-deputado colombiano
Sigifredo López deve ser libertado hoje pelas Farc (Forças
Armadas Revolucionárias da
Colômbia), completando o grupo de seis cativos que a guerrilha prometeu entregar em negociação com a senadora oposicionista Piedad Córdoba.
Os dois helicópteros Cougar
do Exército brasileiro que
atuam na missão humanitária
-a cargo do Comitê Internacional da Cruz Vermelha- chegaram ontem a Cali, oeste, de
onde devem partir para buscar
López, sequestrado em 2002.
Ontem, o país repercutiu as
críticas ao governo de Álvaro
Uribe feitas pelo ex-governador de Meta, Alan Jara, solto
anteontem. Ele disse que Uribe
"não fez nada" pelas libertações
e que pressão militar põe em
risco os reféns. Cobrou um
acordo humanitário.
O acordo humanitário -troca dos reféns que lhes restam
por rebeldes presos- era a proposta que as Farc, acossadas
militarmente e desmoralizadas, desejavam relançar. No
médio prazo, o objetivo é transformar a negociação política
para o fim do conflito -e não a
rendição- num debate da eleição presidencial de 2010.
Uribe viajou para encontrar
Jara na cidade de Villavicencio
anteontem mesmo. Reafirmou
sua política: "Seguimos com essa tarefa. Chegará um momento em que ou soltam [os reféns]
ou os resgatamos". Disse ainda
que as Farc não elegerão um
"governo de sua conveniência"
em 2010. O popular presidente
flerta com uma possível terceira candidatura a presidente.
A etapa de hoje deve encerrar
o elogiado trabalho da tripulação militar brasileira na missão. Ontem, o chefe do grupo,
coronel Achilles Furlan Neto,
disse à agência Efe ser uma
"honra" fazer o trabalho. "Essa
sensação foi vivida por toda a
tripulação." Furlan disse não
saber nada sobre os voos militares colombianos que supostamente atrapalharam o primeiro dia de operação.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Mercosul: PSDB adia sessão sobre adesão da Venezuela Próximo Texto: Venezuela: Órgão da Santa Sé em Caracas sofre ataque Índice
|