São Paulo, sexta-feira, 05 de fevereiro de 2010

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entrevista

"Há uma vontade real de ter quem nos represente"

DA ENVIADA A NASHVILLE

Para Kathy Boatman, do Arizona, a solução para salvar os EUA está em recuperar os valores conservadores dentro do Partido Republicano. Entre suas batalhas estão "desmascarar a falácia do aquecimento global" e manter o direito à posse de armas -mesmo depois que seu filho tentou cometer o suicídio com um tiro no rosto. Ele sobreviveu. Ela se engajou.

 


FOLHA - Quando a sra. se envolveu com o movimento?
KATHY BOATMAN - Depois que perdi o emprego em agosto do ano passado, tive tempo para fazer pesquisas e percebi que algo terrível estava acontecendo em nosso país. Senti que precisava agir. Em outubro, comecei a me envolver com os Patriotas do "Tea Party" do East Valley (no Arizona), e eles me deram esperança, me mostraram que sim, há algo que possa fazer. No último sábado, fizemos um encontro com republicanos conservadores que reuniu um público ótimo. Demos aulas sobre a Constituição e o governo, e as pessoas realmente se envolveram.

FOLHA - Houve algum estopim neste governo?
BOATMAN - Nossa, foram muitos. Uma coisa que me incomoda muito é o uso de ordens executivas [medidas provisórias], passando por cima do povo. Outra coisa é a agenda ambiental. Eu sempre soube que o aquecimento global era uma falácia. E os radicais ambientais estão partindo com tudo para cima de nós nesse governo.

FOLHA - A sra. sente falta de uma liderança clara do movimento "Tea Party"?
BOATMAN - Não exatamente, esse é um movimento popular de verdade. Não temos que seguir uma pessoa, temos que seguir nossos princípios, e estamos fazendo isso. Mas há muita gente que fala por nós, como [a ex-candidata a vice] Sarah Palin.

FOLHA - O movimento pode fazer a diferença nas eleições legislativas de novembro?
BOATMAN - Certamente. Há muita gente nova se candidatando. Fico até arrepiada. Temos que acabar com a corrupção e com os políticos de carreira. Cidadãos normais é que têm que ir para a política e fazer algo por nós. Há uma vontade real nesse país de ter gente em Washington que nos represente de verdade.


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